O Ambiente e a Saúde Respiratória não andam de “mãos dadas”.
Isto, porque as alterações climáticas têm um forte impacto na nossa Saúde
Respiratória; o exemplo dos incêndios que projetam partículas cujo seu peso
molecular conseguem atingir o pulmão profundo e aí provocarem dano com
efeito inflamatório, o designado stress oxidativo tal como o fumo do tabaco. Este dano aumenta por exemplo o número de doenças respiratórias obstrutivas como a asma e a DPOC (doença pulmonar obstrutiva crónica) e o cancro do pulmão.
As alterações provocadas pelo aquecimento global, levam a alterações dos
ecossistemas, responsáveis por infeções respiratórias e até epidemias e
pandemias que neste século já tivemos a oportunidade de assistir em mais que uma ocasião. As migrações provocadas com deslocações massivas de
populações, as condições precárias de salubridade e a sobrepopulação
potenciam estes efeitos.
Como perguntou o antigo Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan,
“para que serve a economia quando não conseguimos respirar?”.
No último século assistimos a mudanças entre as principais causas de
mortalidade, a cada minuto verificavam-se 127 óbitos. As diferenças entre
regiões quanto à doença e a mortalidade, acentuam-se de acordo com o seu
nível económico e o mesmo se passa a nível individual com o grau de ensino e
esse estatuto económico.
Nos países desenvolvidos a doença respiratória ocupa 3 posições no top 10; a
DPOC, a pneumonia e o cancro do pulmão.
Durante todo o século XX a nossa esperança média de vida duplicou dos 33 para os 66 anos e a isto deveu-se essencialmente à descoberta dos antibióticos, às vacinas e às melhores condições sanitárias. O conhecimento científico desenvolveu-se em favor da longevidade e combate à doença e qualidade de vida.
A poluição como condicionante atmosférica da saúde respiratória, muito contribuí o tráfego rodoviário e aéreo, a indústria com o uso de combustíveis fósseis e o efeito de estufa, levando ao desequilíbrio provocado na estratosfera e troposfera.
O ar que respiramos é composto por oxigénio em cerca de 21%, azoto em maior percentagem, cerca de 78% e o restante em vapor de água e gases nobres.
O designado “buraco de ozono” visível nos polos, deixa que os raios ultravioletas do sol aqueçam a superfície do planeta com todas as consequências que assistimos.
Assim, por exemplo o aumento em 1º na temperatura do planeta leva à retenção em 7% de vapor de água que se acumula na atmosfera (903 triliões de H2O) e daí as catástrofes naturais.
Luís Rocha Cédula profissional nº33389 emitida pela Ordem dos Médicos
Médico Especialista de Pneumologia e Medicina do Trabalho
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