REGRAS DE SEGURANÇA – MANIPULAÇÃO COM MÁQUINAS A LASER

 

A depilação a laser danifica as células germinativas e impede ou retarda o crescimento dos pelos. Ou seja, a energia transmitida pelo laser destrói permanentemente as células germinativas, de modo a estes não voltarem a reproduzir-se.

A segurança do laser é essencial para prevenir lesões e acidentes, sendo necessário a aplicação de medidas de segurança rigorosas para proteger o cliente e o trabalhador.

OBRIGATORIEDADE DOS CUIDADOS A TER:

De acordo com a legislação portuguesa, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 163/2002, de 11 de julho, existem condições de colocação no mercado de equipamentos dotados de ponteiro laser, uma vez que pode colocar em causa a saúde e a segurança individual e pública devido ao risco de utilização incorreta deste tipo de produtos.

CONSEQUÊNCIAS ASSOCIADAS À FALTA DE SEGURANÇA DO LASER:

  • Lesões permanentes nos olhos;
  • Disfunções da retina;
  • Queimaduras na pele;
  • Risco de incêndio.

MEDIDAS DE SEGURANÇA ESPECÍFICAS:

  • Nunca olhar diretamente ou fixamente para o feixe emitido pelo ponteiro laser;
  • Nunca direcionar o ponteiro laser diretamente para os olhos de nenhum indivíduo;
  • Nunca ligar ou manter o ponteiro laser ligado, enquanto se fala ou gesticula distraidamente;
  • Nunca direcionar o feixe laser para superfícies refletoras, tais como espelhos, objetos metalizados ou polidos, entre outros;
  • Direcionar o feixe de laser, apenas para uma superfície opaca, não refletores, devendo o trabalhador ver sempre a zona de incidência do feixe;
  • A manipulação deste equipamento deve ser realizada por pessoas que tenham recebido formação/informação adequada, que incida sobre o procedimento de operações, regras de segurança e efeitos biológicos da radiação laser sobre a pele e os olhos;
  • Todos os equipamentos devem conter a etiqueta de “Perigo de radiação laser”, “Perigo” e “Obrigatório o uso de óculos de proteção”;

  • Utilização de óculos de segurança, tanto pelo trabalhador como cliente;
  • Verificação se o ponteiro de laser está devidamente equipado com invólucros e barreiras para direcionar o mesmo;
  • Utilização de entravamentos e chaves de segurança que permitam desligar o laser, num tempo reduzido;
  • Manutenção e inspeção, regularmente, às máquinas de laser de forma a garantir que todos os recursos de segurança se encontram em bom estado e a funcionar corretamente;
  • Restringir o acesso às áreas de manipulação de laser, durante a sua utilização, a pessoas que não necessitem estar no mesmo espaço;
  • Estabelecer e comunicar procedimentos de emergência em caso de acidente ou avaria, incluindo medidas de primeiros socorros e planos de evacuação.

Qualquer pessoa que trabalhe com lasers deve ter conhecimento dos riscos e quais as medidas de segurança adequadas.

Protejam os vossos espaços, protejam as vossas pessoas.

Nota: Esta newsletter tem como base a legislação e normas em vigor à data de emissão.

Orientadora Ana Rodrigues (TSST; TP n.º 30871202RC5)

Colaboração Estagiária SST Beatriz Pinheiro

 

A IMPORTÂNCIA DO CUMPRIMENTO DO HORÁRIO DE TRABALHO

 

A importância do cumprimento do horário de trabalho para a saúde física e mental do trabalhador

O respeito pelos horários de trabalho desempenha um papel crucial no bem-estar físico e mental dos trabalhadores em Portugal, sobretudo numa sociedade que valoriza, cada vez mais, o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

As vantagens para os trabalhadores e para as empresas são:

  1. Benefícios para a saúde física

O cumprimento rigoroso dos horários regulamentados permite que os trabalhadores respeitem os seus ciclos naturais de descanso, garantindo a recuperação física necessária após cada dia de trabalho. Em Portugal, o Código do Trabalho define um limite máximo de 40 horas semanais, com um intervalo obrigatório de 11 horas consecutivas entre jornadas. Este enquadramento é essencial para prevenir problemas associados a jornadas longas, como fadiga crónica, dores musculoesqueléticas e aumento do risco de doenças cardiovasculares【1】【2】.

  1. Impactos na saúde mental

O cumprimento do horário laboral é igualmente determinante para preservar a saúde mental. Em Portugal, cerca de 59% dos trabalhadores experienciam stress laboral, o que reforça a necessidade de práticas que promovam um ambiente de trabalho saudável. O respeito pelos horários e pausas, como o intervalo para refeições, ajuda a reduzir os níveis de stress, prevenindo estados de esgotamento físico e psicológico (burnout). Além disso, ambientes laborais equilibrados permitem aos trabalhadores manter uma maior capacidade de concentração e produtividade【2】【3】.

  1. Repercussões no ambiente de trabalho

Empresas que promovem o respeito pelos horários de trabalho contribuem para um ambiente mais positivo e organizado. O cumprimento do horário traduz-se em benefícios coletivos, como maior produtividade, redução do absentismo e melhoria do relacionamento entre equipas. Empregadores que investem em iniciativas de saúde ocupacional, como a gestão eficiente do tempo de trabalho, conseguem reforçar a motivação e o compromisso dos colaboradores com a empresa【3】.

Conclusão

Cumprir os horários de trabalho não é apenas uma obrigação laboral, mas sim uma medida que beneficia a saúde e qualidade de vida dos trabalhadores e promove o sucesso organizacional. Num contexto de crescente preocupação com a saúde ocupacional, respeitar os limites laborais é uma prática indispensável para assegurar o bem-estar geral.

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

 

Referências:

  1. pt – Guia sobre os horários de trabalho em Portugal 1
  2. Repositório da Universidade Católica Portuguesa – Saúde mental no trabalho e impacto do burnout 2
  3. Human Resources Portugal – Importância da saúde e bem-estar no local de trabalho 3

 

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA VIDA DOS IDOSOS

 

AS TRANSIÇÕES VITAIS COMO RISCO PSICO-SOCIAL

Ao longo do ciclo vital, todos nós experienciamos alterações no nosso contexto social, fisiológico, familiar, profissional – enfim, a vida é uma série de transições. Um dos fatores mais significativos para que possamos passar por cada transição de forma suave e saudável é termos uma rede de apoio com a qual possamos contar, de forma a sentirmo-nos seguros e confiantes.

O envelhecimento, processo vital natural, é apenas mais um período de transição – e, tal como em todos os outros momentos, é de extrema importância que a pessoa seja capaz de se integrar na diferença, mantendo o seu papel enquanto parte de uma família, um grupo, uma comunidade. Cada transição tem as suas partes positivas e negativas, e o envelhecimento não é exceção – sabe-se que a pessoa idosa está exposta a mais riscos, sendo considerada parte vulnerável da população.

O isolamento social associado a esta etapa da vida está relacionado com fatores fisiológicos como doenças crónicas, alterações da mobilidade e diminuição da energia, e fatores sociais como a dificuldade que a população mais jovem tem em integrar os seus idosos nos seus planos diários, seja por questões logísticas ou qualquer outra razão pessoal que os leve a afastar-se desses momentos.

O PAPEL DA REDE DE APOIO NO COMBATE À SOLIDÃO NAS ÉPOCAS FESTIVAS

O papel da rede de apoio, seja familiar ou social, é extremamente importante para a manutenção de um bom estado de saúde mental da população idosa, agindo a socialização como método preventivo de doenças associadas ao isolamento social como a depressão.

Ora, a época festiva, com várias celebrações associadas culturalmente a felicidade, união e família, é uma época especialmente sensível para quem já todo o ano está exposto a riscos psico-sociais. Nesta época, muitas pessoas enfrentam sentimentos aumentados de solidão e falta de pertença, pelo que é importante que cada um de nós mantenha o seu papel ativo na comunidade e na família, com noção de que os nossos comportamentos afetam a saúde de quem nos rodeia.

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO QUE QUALQUER UM PODE ADOTAR

Pequenos gestos podem criar grande impacto. Uma prenda não precisa de ser algo com valor monetário. Nem precisa de ser algo físico – está comprovado que os mais jovens ajudarem os idosos na inclusão digital é um processo que permite momentos de socialização e são momentos de aprendizagem que permitem aumentar o leque de opções para que possamos manter-nos em contacto mesmo em tempos em que a logística do quotidiano nos impede de chegar a todos com quem queremos estar.

Seja por visitas físicas ou virtuais – chamada telefónica, videochamada, ou qualquer outra solução criativa que possa encontrar – é importante o papel de cada um de nós na diminuição do isolamento social e na promoção do bem-estar de quem nos é querido.

Nesta época festiva, consciencialize-se do seu papel enquanto membro da sua própria rede e faça algum gesto que traga sentimentos positivos a si e a quem o rodeia!

 

BIBLIOGRAFIA

Afaf Meleis (2010). Transitions Theory: Middle-range and situation-specific theories in nursing research and practice. Springer Publishing Company, Nova Iorque.

Ivorra, P.V., Gutzeit, J.C., Scheidt, I.V., Bernardo, L.D., & Raymundo, T.M. (2022). A família como rede de apoio na aprendizagem do uso de smartphones por idosos. Disponível em https://seer.upf.br/index.php/rbceh/article/view/12819/114117436

Rocha, A., Veras, P., Amorim, M.(2024). Psicologia e envelhecimento saudável: Estratégias de promoção da qualidade de vida na terceira idade. Disponível em https://www.researchgate.net/publication/385971166_PSICOLOGIA_E_ENVELHECIMENTO_SAUDAVEL_ESTRATEGIAS_DE_PROMOCAO_DA_QUALIDADE_DE_VIDA_NA_TERCEIRA_IDADE

Rodrigues, A.P., Duarte, J., Oliveira, S., Costa, J.J., & Matos, A.P. (2023). Solidão, depressão e utilização das TIC em idosos portugueses. Disponível em https://scielo.pt/pdf/rpesm/n29/1647-2160-rpesm-29-63.pdf

SNS24 (2023). A solidão e o isolamento social. Disponível em https://www.sns24.gov.pt/guia/a-solidao-e-o-isolamento-social/#quem-pode-ser-afetado-pela-solidao

 

Artigo por Maria Sardinha Silva Enfermeira de Cuidados Gerais

Ordem dos Enfermeiros n.º 105468

Se procura ajuda profissional, entre em contacto com a clínica medica  NVidas, estamos à sua disposição.

Tel.: 224 673 570

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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS) E A EXPOSIÇÃO AO CALOR

A exposição ao calor é uma preocupação significativa em muitos ambientes de trabalho, especialmente naqueles que envolvem atividades ao ar livre ou em espaços fechados com fontes de calor elevadas. Trabalhadores em setores como construção civil, siderurgia, agricultura e indústrias químicas frequentemente enfrentam riscos associados ao calor excessivo.

Nesses contextos, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados é essencial para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Riscos da Exposição ao Calor

A exposição ao calor extremo pode levar a diversas condições adversas à saúde, incluindo:

– Desidratação: A perda excessiva de líquidos através do suor pode causar desequilíbrio eletrolítico e desidratação.

– Exaustão pelo calor: Caracterizada por fraqueza, tontura, náusea e desmaio, a exaustão pelo calor ocorre quando o corpo não consegue resfriar-se adequadamente.

– Cãibras pelo calor: Contrações dolorosas dos músculos, frequentemente devido à perda de eletrólitos.

– Golpe de calor: Uma condição médica grave que ocorre quando a temperatura corporal atinge níveis perigosamente altos, podendo causar danos permanentes aos órgãos ou até a morte se não tratada imediatamente.

Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Os EPIs são fundamentais para minimizar os riscos da exposição ao calor e incluem uma variedade de itens projetados para proteger diferentes partes do corpo. Alguns dos EPIs mais comuns utilizados em ambientes de calor extremo são:

  1. Roupas Frescas: Roupas leves, de cores claras e feitas de materiais respiráveis, ajudam a refletir a luz solar e facilitam a evaporação do suor, contribuindo para a regulação da temperatura corporal.
  2. Capacetes com Ventilação: Em setores como a construção civil, capacetes com sistemas de ventilação ajudam a proteger a cabeça do calor direto e reduzir o risco de aquecimento.
  3. Protetores Solares e Chapéus: Em ambientes externos, chapéus de aba larga e protetores solares são essenciais para proteger a pele da radiação UV e reduzir o risco de queimaduras solares.
  4. Hidratação: Garrafas de água permitem que os trabalhadores se mantenham hidratados ao longo do dia, essencial para prevenir desidratação e exaustão pelo calor. Deve estar disponível água potável abundante (10-15º C) no local de trabalho e os trabalhadores devem ser incentivados a beber água a cada 15 a 20 minutos, mesmo que não se sintam com sede. As bebidas alcoólicas NUNCA devem ser consumidas, uma vez que o álcool desidrata o organismo.
  5. Equipamentos de Resfriamento Ativo: Alguns trabalhadores podem utilizar coletes de resfriamento ou outros dispositivos que circulam líquidos frios para ajudar a manter a temperatura corporal baixa.

Medidas Adicionais de Prevenção

Além do uso de EPIs, outras estratégias são importantes para mitigar os riscos da exposição ao calor:

– Intervalos Regulares: Pausas frequentes em áreas com sombras ou climatizadas ajudam a reduzir a carga térmica no corpo.

– Adequação de Horários de Trabalho: Trabalhar nas horas mais frescas do dia, como cedo pela manhã ou no final da tarde, pode diminuir significativamente a exposição ao calor intenso.

– Educação e Formação: Informar os trabalhadores sobre os riscos do calor e os sinais de alerta de doenças relacionadas ao calor é crucial para a prevenção e resposta rápida.

A combinação de EPIs apropriados e medidas preventivas é essencial para proteger os trabalhadores da exposição ao calor. A implementação de estratégias eficazes não só promove a saúde e a segurança, mas também melhora a produtividade e o bem-estar geral no local de trabalho. Portanto, é vital que empregadores e trabalhadores estejam atentos e preparados para enfrentar os desafios impostos pelo calor extremo.

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

Fontes:

https://osha.europa.eu/sites/default/files/Heat-at-work-Guidance-for-workplaces_PT.pdf?fbclid=IwZXh0bgNhZW0CMTAAAR0YdLI3Y2ts4oY32l58qSFHqgFvACBs8fBAYBQP6FkUUYW-RsBflMfA1Ic_aem_AaMMYEClQXf1uZY5w2VddZID7eBPDPe1R3hopymzA4J9U-E7AIYomVqytuO8CRv2ddD_ViJPf2TDEgwmwIBBi1-m

Artigo desenvolvido com a colaboração de Beatriz Pinheiro.

DIA MUNDIAL DA QUALIDADE – 14 de novembro

 

A campanha global deste ano, cujo tema é “Qualidade: da conformidade ao desempenho”, sensibiliza para a gestão da qualidade, o que pode conduzir as organizações ao excelente desempenho.

Num mundo cada vez mais interligado e em constante mudança, gerir riscos dinâmicos e manter a resiliência operacional é crucial, mas não é suficiente, para as empresas se manterem competitivas no mercado. Para permanecerem relevantes e prosperarem, as mesmas devem apostar na inovação e adaptar os seus modelos de negócio, produtos e serviços em função de uma cultura de qualidade que incentive a mudança.

Muitas organizações enfrentam desafios significativos, incluindo falta de competências e vulnerabilidades nas cadeias de abastecimento globais. O ritmo da digitalização está a acelerar e a sociedade espera que estas priorizem as questões climáticas e sociais. Com isto, as expetativas dos clientes estão a mudar e a aumentar, e as empresas devem trabalhar para fornecer inovação sustentável em tempo útil ao mesmo tempo que reduzem os riscos de falha. Promover uma boa gestão e a melhoria operacional pode ajudar a inovar e a agir com segurança e confiança.

Além de acrescentarem valor para os seus clientes e consumidores, as organizações devem, também, fornecer produtos, serviços e processos sustentáveis, considerando os três pilares – ambiental, social e económico. Com isto em mente, devem considerar como é que os princípios e os métodos de gestão da qualidade permitem responder atempadamente, criando uma cultura de conformidade através de uma cultura de aprendizagem e melhoria.

A qualidade pode ser associada a ferramentas, processos, controlos e avaliações. Contudo, estas metodologias apenas são eficazes se houver uma boa cultura de qualidade. Acrescentar valor para os clientes é um trabalho de equipa e está no centro da gestão da qualidade. O valor de desenvolver uma ampla capacidade organizacional para oferecer uma excelente qualidade. Os princípios e os métodos da qualidade não só asseguram a conformidade como também promovem a inovação e a agilidade. Ao cultivar uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua, as empresas podem adaptar-se à mudança de forma mais eficaz e impulsionar um desempenho de excelência.

Quer ir além dos requisitos legais? Aproveite a gestão da qualidade para melhorar o seu desempenho geral, aumentar a confiança das partes interessadas e facilitar a entrada em novos mercados.

Entre em contacto com a Biocheck para saber como podemos apoiar o seu negócio!

Referências:

CQI & IRCA. World Quality Week – November 2024. https://www.quality.org/WQW24 (consultado em 13 de novembro de 2025).

 

OUTUBRO: MÊS EUROPEU DA CIBERSEGURANÇA (ECSM)

 

Outubro é um mês relevante para a segurança digital em toda a Europa. Conhecido como o Mês Europeu da Cibersegurança (ECSM), o mês de outubro é especialmente dedicado a aumentar a consciencialização sobre a importância da cibersegurança e  promover boas práticas para proteger as nossas redes e dados e informação digital. 

O ECSM é uma campanha anual organizada pela Agência da União Europeia para a Cibersegurança (ENISA) e pela Comissão Europeia.

Desde o seu início, o ECSM tem como objetivo educar os cidadãos e as organizações sobre as ciberameaças e incentivar a adoção de medidas de ciberhigiene. 

Num mundo cada vez mais digital, a segurança das redes e da informação digital é crucial. As ciberameaças, como o phishing, ransomware e ataques de engenharia social, estão em constante evolução e proteger as nossas redes significa proteger a nossa privacidade, dados pessoais e a integridade das nossas operações diárias. 

Boas Práticas de Cibersegurança 

  • Educação e Consciencialização: Promover a formação contínua sobre cibersegurança para todos os utilizadores é altamente eficaz. A maioria dos ataques bem sucedidos passa por técnicas de engenharia social, normalmente com o objetivo de obter informação relevante diretamente do utilizador. 
  • Atualizações Regulares: Manter sistemas e software atualizados é fundamental para corrigir vulnerabilidades que muitas das vezes são as portas de entrada para um hacker criminoso. 
  • Autenticação Forte: Utilizar autenticação multifator (MFA) proporciona uma camada extra de segurança e pode ser um fator chave na mitigação de um ciberataque. 
  • Backups Frequentes: Realizar cópias de segurança regulares para minimizar o impacto de possíveis ataques. 
  • Monitorização Constante: Implementar ferramentas de monitorização de um fabricante europeu ou de um país pertencente a Aliança Atlântica (NATO), para detetar atividades suspeitas em tempo real. 

Durante o mês de outubro, são várias as iniciativas e os eventos organizados por toda a Europa cuja finalidade é a promoção da cibersegurança e sob vários formatos (workshops, webinars, campanhas de sensibilização).

Participar nestas atividades é uma excelente oportunidade para aprender e melhorar as práticas de segurança digital. 

A segurança no ambiente digital é uma responsabilidade de todos. Ao adotar boas práticas e manter-se informado sobre as ciberameaças, podemos contribuir para um ambiente digital mais seguro e resiliente. Aproveite o Mês Europeu da Cibersegurança para reforçar a segurança das suas redes e proteger os seus dados. 

 Gonçalo Leite, Técnico Especialista em Cibersegurança

CONSUMO DE ALIMENTOS CRUS E OS RISCOS PARA SAÚDE DOS CONSUMIDORES

Nos últimos anos têm surgido várias mudanças no universo da alimentação. Se em tempos os hábitos alimentares eram relativamente iguais, atualmente são bastante diversificados, existindo opções para diferentes tipos de gosto. 

O consumo de alimentos à base de carne e peixe crus, como o carpaccio, o sashimi, o sushi, o tártaro, entre outros, tem vindo a ganhar cada vez mais espaço na cultura gastronómica portuguesa. Contudo, estas alterações também têm gerado preocupações relativas à segurança alimentar. A verdade é que estas novas práticas exigem atenção quanto aos riscos a elas associados, resultantes do facto de a carne e/ou peixe não serem submetidos a temperaturas elevadas, as quais destruiriam os microrganismos potencialmente presentes nos alimentos crus. Estes microrganismos podem ter origem nos próprios alimentos ou resultar de uma eventual contaminação cruzada ocorrida durante a sua manipulação. 

A deterioração das carnes e dos peixes é provocada pela ação das enzimas da própria carne e peixe e pela atuação de bactérias que fazem parte da sua flora microbiana e que são responsáveis, em parte, pelos odores e sabores associados a um estado elevado de alteração. Entre as bactérias que podem estar presentes, naturalmente, na carne e no peixe crus, incluem-se algumas espécies patogénicas como Escherichia coli, Listeria monocytogenes e Salmonella spp., que podem provocar graves doenças de origem alimentar, como infeções, intoxicações ou toxi-infeções alimentares, podendo, em casos mais graves, levar à morte. A presença destas bactérias neste tipo de alimentos também pode resultar da contaminação cruzada. Isto ocorre quando os microrganismos e outras substâncias passam de uma zona ou alimento contaminado para uma zona ou alimento que não se encontrava contaminado.  

Durante o processo de deterioração de algumas espécies de peixe pode formar-se a histamina, a partir da descarboxilação microbiana da histidina. Embora a sua toxicidade seja considerada aparentemente baixa para o Homem, normalmente a intoxicação surge com um quadro clínico não severo de dermatite, urticária, náusea, vómito e diarreia. Dependendo da quantidade ingerida podem surgir casos mais graves de urticária, edema, asfixia, asma, rinite, choque anafilático com hipotensão arterial e morte.  

Nesse sentido, deve-se, portanto, ter um cuidado redobrado na escolha de carne e peixe de qualidade e elevada frescura, assim como no armazenamento e na manipulação dos produtos, especialmente quando se destinam a ser consumidos sem sofrer qualquer processamento térmico, para que as potenciais bactérias não se multipliquem.  

Além da presença de bactérias, parasitas como Anisakis e Toxoplasma gondii também podem ser encontrados nos peixes e nas carnes, respetivamente. A ingestão destes parasitas pode provocar reações alérgicas ou infeções que originam fortes dores abdominais, náuseas e vómitos. Nos casos mais graves, o tratamento implica a remoção dos parasitas com uma sonda gástrica ou através de cirurgia. Para diminuir o risco, uma das medidas passa por congelar todo o peixe destinado a ser consumido cru, dado que o parasita morre após alguns dias congelado a 20 ºC negativos. 

Para concluir, embora o consumo de alimentos crus, como a carne e o peixe, ofereçam certos benefícios nutricionais e sensoriais, os riscos associados não podem ser ignorados. A presença de microrganismos, como bactérias patogénicas e parasitas, e a contaminação cruzada são preocupações que devem ser abordadas através de práticas de segurança alimentar rigorosas. Os consumidores e os profissionais da área alimentar devem estar cientes desses riscos e adotar as medidas necessárias para garantir que o consumo destes alimentos seja seguro. 

Entre em contacto com a Biocheck para saber como podemos apoiar o seu negócio! 

  

Referências: 

ASAE. Pratos à Base de Peixe Cru. https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/conselhos-praticos-para-os-consumidores/pratos-a-base-de-peixe-cru.aspx. (consultado em 14 de outubro de 2024). 

Carol Álvarez. Quais são os riscos para a saúde de consumir alimentos crus?. https://lifestyle.fit/pt/comida/superalimentos/riscos-de-comer-alimentos-crus/. (consultado em 10 de outubro de 2024). 

Cruz, A., Mateus, T. & Rocha, H. Perigos Alimentares no Pescado: os perigos químicos. http://www.tecnoalimentar.pt/noticias/perigos-alimentares-no-pescado-os-perigos-quimicos/. (consultado em 14 de outubro de 2024)

Isabel Costa, Técnica de Segurança Alimentar

Artigo desenvolvido com a colaboração de Leonor Moreira.

OBRIGATORIEDADE DA CENTRAL DE INCÊNDIOS

 

A segurança é uma prioridade absoluta em todas as empresas, e é essencial estarmos atualizados sobre as leis e normas que garantem a proteção dos nossos espaços e das pessoas que neles trabalham. Neste contexto, queremos abordar a obrigatoriedade da instalação de centrais de incêndio, a importância da manutenção periódica e a correta sinalização dessas unidades, conforme a legislação portuguesa e as normas aplicáveis.

Obrigatoriedade da Central de Incêndios

De acordo com a legislação portuguesa, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12/11 e a Portaria n.º 1532/2008, de 29/12, todas as empresas devem estar equipadas com sistemas de deteção, alarme e combate a incêndios adequados ao tipo e risco das suas instalações. As centrais de incêndio são componentes críticas desses sistemas, desempenhando um papel vital na monitorização e controle de equipamentos de deteção e alarme.

 

Principais Requisitos:

  • Instalação: Deve ser realizada por empresas devidamente certificadas, garantindo que todos os componentes estão em conformidade com as normas portuguesas e europeias;
  • Localização: A central de incêndios deve estar situada em local de fácil acesso e protegido, permitindo rápida intervenção em caso de emergência.

Periodicidade da Manutenção

A manutenção regular dos sistemas de incêndio é obrigatória para garantir a sua eficácia e operacionalidade em caso de emergência. Conforme a Norma Portuguesa NP 4413, a manutenção deve ser realizada por empresas certificadas e seguir a seguinte periodicidade:

  • a Inspeção Visual Mensal: Verificação de condições aparentes dos equipamentos e acesso à central de incêndios;
  • a Manutenção Trimestral: Testes de funcionalidade dos sistemas de alarme e deteção;
  • a Manutenção Semestral: Verificação detalhada de todos os componentes, incluindo a central, sensores, alarmes e equipamentos de combate a incêndios;
  • a Manutenção Anual: Revisão completa do sistema, substituição de peças desgastadas, testes de autonomia das baterias e atualização da documentação técnica.

Sinalização da Central de Incêndios

A sinalização adequada é crucial para a identificação rápida da central de incêndios e dos equipamentos associados, facilitando uma resposta rápida em caso de emergência. A sinalização deve cumprir as normas da NP EN ISO 7010 e incluir:

  • a Placas de Identificação: Indicando a localização da central de incêndios e dos equipamentos de combate a incêndios;
  • a Sinais Luminosos: Sinalização de emergência iluminada para visibilidade em caso de falha de energia;
  • a Instruções de Uso: Procedimentos claros e visíveis sobre como operar a central e os equipamentos de combate a incêndios. 

    É fundamental que todas as empresas assegurem a conformidade com a legislação e normas aplicáveis no que diz respeito às centrais de incêndio, manutenção periódica e sinalização. A prevenção e preparação são as melhores defesas contra os riscos de incêndio, garantindo a segurança de todos.

    Protejam os vossos espaços, protejam as vossas pessoas.

    Nota: Esta newsletter tem como base a legislação e normas em vigor à data de emissão.

 

Ana Rodrigues (TSST; TP n.º 30871202RC5)

OUTUBRO ROSA

Mês da consciencialização da luta contra o cancro de mama.

O movimento conhecido por “Outubro Rosa” (Pink October), teve origem nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado. Este movimento tem como objetivo primordial, promover a mobilização de toda a sociedade sem exceção, na luta contra o cancro da mama, privilegiando desta forma, a prevenção, o diagnóstico precoce e o investimento na investigação. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (2021) “o cancro da mama é o cancro mais frequentemente diagnosticado nas mulheres, sendo responsável por 1 em cada 4 casos anuais de cancro em todo o mundo”. 

De acordo com Direção Geral de Saúde (DGS) (2022), estima-se que cerca de 9.000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama, das quais, 2000 acabaram por morrer desta doença. Por outro lado, e dados recentes (Globocan, 2024), o cancro da mama é o que mais se destaca em Portugal e em todo o mundo.  

Existem diversos fatores de risco, que podem conduzir ao desenvolvimento do cancro da mama, dos quais se realça: 

  • Idade – quase 80% de todos os tipos de cancro da mama desenvolvem-se em mulheres com mais de 50 anos. 
  • Alterações genéticas – representam cerca de 5 – 10% dos casos diagnosticados. 
  • Excesso de peso, aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama. 
  • Hábitos tabágicos e alcoólicos excessivos, também aparecem associados ao desenvolvimento de várias doenças cancerígenas, incluído o cancro da mama. 
  • Idade da primeira menstruação (antes dos 12 anos) e consequentemente a instalação de uma menopausa tardia (após os 55 anos), também representam fatores de risco. 

Falar em prevenção, é falar em autoexame da mama e a capacitação da mesma. É um ato simples e rápido, que qualquer mulher tem condições para o realizar e que pode ajudar a detetar a doença numa fase inicial. Deve ser realizado todos os meses, no mesmo dia do mês, se possível após a menstruação. Se a menopausa já estiver instalada, deverá fazer o exame no mesmo dia do mês, independentemente do seu ciclo menstrual. 

Como deve ser realizado o autoexame: 

  • Em pé, deve observar as mamas, em dois momentos distintos, com os braços caídos e depois com os braços levantados, estando atenta a alterações na forma, tamanho, cor ou textura. 
  • Deve realizar movimentos giratórios à volta das mamas, à procura de possíveis nódulos. Deve reparar se existe alguma ferida ou secreção. 
  • A apalpação das axilas também é importante, e deve estar atenta à existência de “caroços” ou nódulos. 
  • Por fim, deve deitar-se de forma confortável, com um braço atras da cabeça, utilizar os dedos da outra mão para palpar a mama. Deve começar da região externa para a região interna em direção ao mamilo, movendo os dedos em círculos. Deve repetir o processo para a outra mama. 

O que pode encontra no autoexame da mama: 

  • Nódulos ou “caroços”. 
  • Alterações na forma/tamanho da mama. 
  • Retração da pele da mama. 
  • Inversão do mamilo. 
  • Secreção no mamilo. 
  • Dor na mama/axila. 

Apostar na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro da mama, parece ser hoje, a melhor arma, mas muitas vezes, a dificuldade passa, por transmitir a mensagem á população. A população ativa, trabalha em média 39,9 horas por semana, e a equipa multidisciplinar da saúde ocupacional vê no contexto laboral, um processo facilitador na promoção da saúde, uma vez que, os trabalhadores passam grande parte do seu tempo a trabalhar e por outro lado, o ambiente laboral, funciona também como um espaço privilegiado de informação e educação para a saúde, quer seja individual ou coletiva.  

Assim sendo, e em forma de conclusão, é importante que se invista cada vez mais na intervenção em saúde em contexto laboral, visto ser um sítio privilegiado no que se refere à proteção e promoção da saúde, bem como no empoderamento em saúde da população. 

“Prevenir é uma das melhores formas de lutar! Seja você mesma a protagonista da sua vida.”

Se procura ajuda profissional, entre em contacto com o nosso parceiro NVidas Clínica Médica, estamos à sua disposição.

Tel.: 224 673 570

Site: https://nvidas.pt/home/

Bibliografia

Santos M, Almeida A, Lopes C. Cancro da Mama associado ao Trabalho. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online. 2023, 15, esub393. DOI: 10.31252/RPSO.22.04.2023

https://www.who.int/pt/news/item/03-02-2021-breast-cancer-now-most-common-form-of-cancer-who-taking-action

https://gco.iarc.fr/en

https://ron.min-saude.pt/pt/tumor/top5/mama/epidemiologia/

https://www.dgs.pt/

 

Enfermeira Patrícia Ribeiro (nº ordem: 52143) a desempenhar funções desde 2005 no IPO-Porto, Especialista em Enfermagem Medico Cirúrgica desde 2011 e com competências acrescidas no âmbito da Enfermagem Oncológica desde 9/2023 e da Enfermagem do Trabalho desde 11/2023. 

Enfermeira responsável Grupo Medilogics SGPSSA. 

Entidade Emitente Ordem dos Enfermeiros

SETEMBRO AMARELO

 

No âmbito do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, assinalado no dia 10 de setembro, tem como principal objetivo a sensibilização para este tema tabu e a sua prevenção, alertando as populações e as instituições sobre esta realidade.

Esta ação foi iniciada em Brasília em 2014 e estendida quase de forma universal.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece este tema como uma prioridade de saúde pública.

Portugal está acima da média, apresentando uma taxa de 13,7/100.000 habitantes (2015), face a uma taxa mundial de 10,7 (OMS).

Cerca de 800 mil pessoas suicidam-se todos os anos, o que significa 1 pessoa a cada 40 segundos (OMS) e sem contar com os episódios subnotificados, pois estima-se mais de 1 milhão de casos.

A Europa é a região do mundo com a mais alta taxa (14,1/100.000) e à frente de África (8,8); Continente Americano (9,6); Sudoeste Asiático (12,9); Mediterrâneo Oriental (3,8) e Pacífico Ocidental (10,8).

Sabemos que uma das causas está relacionado com as doenças mentais, não diagnosticadas ou tratadas incorretamente e sem acesso a tratamento psiquiátrico.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio ocupa a 4ª causa de morte, depois dos acidentes de viação, doenças infeciosas e violência interpessoal e com grande impacto na sociedade, um fenómeno complexo, que pode afetar diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades e com tendência crescente.

Existem alguns fatores relacionados à vida de uma pessoa que podem atuar como proteção para o suicídio: ausência de doença mental, autoestima elevada, suporte familiar, capacidade de adaptação e resolução de problemas, ter emprego, laços sociais e familiares, terapêutica psiquiátrica ajustada.

Outros fatores potenciam este risco: abuso sexual na infância, internamento recente psiquiátrico, história familiar de suicídio, isolamento social e doenças mentais.

A primeira medida preventiva é a educação. Este tema não pode ser um tabu, a informação deve ser partilhada e o acesso a recursos de informação, sensibilização, identificação e tratamento.

Mas como reconhecer?

  1. Atentos ao isolamento;
  1. Mudança marcante de hábitos;
  1. Perda de interesse por atividades que gostava;
  1. Aparência descuidada;
  1. Desempenho escolar ou no trabalho piora;
  1. Alterações do sono e no apetite;
  1. Discurso dirigido como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”;

São alguns indicadores de necessidade de ajuda e que pode ser de alguém próximo como um amigo, familiares, colega de trabalho ou escola e professores.

Linha aberta telefónica para situação de aconselhamento, orientação e intervenção:

  • Linha SOS voz amiga. Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio: 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 (diariamente das 15h30 às 00h30).

Se procura ajuda profissional, entre em contacto com a clínica NVidas, nosso parceiro está à sua disposição.

Tel.: 224 673 570

Site: https://nvidas.pt/home/

 

Luís Rocha OM 33389

Médico Especialista de Medicina do Trabalho