OS MALEFÍCIOS DOS “NOVOS” CIGARROS

Notícias Magazine

Os “novos” cigarros, que vieram substituir o tabaco mais convencional, como o tabaco aquecido e os cigarros eletrónicos, vieram suavizar os malefícios do tabaco tradicional, e da própria nicotina, ou isso não acontece?

Os jovens são particularmente atraídos pela novidade e pelas novas tecnologias, pela perceção de menor risco que os cigarros tradicionais e variedade de aromas disponíveis.

Nos EUA o uso de cigarro eletrónico nos jovens tem sido crescente, a partir de 2014 tem sido o principal produto de tabaco nesta faixa etária e também a maioria mantêm consumo de cigarros convencionais em ambos os sexos (dados do Eurobarómetro).

As razões para experimentar ou utilizar regularmente e segundo estes dados são: ajuda na cessação tabágica (61%), menos prejudicial que os cigarros convencionais (31%), mais baratos (25%) e usar em locais “livres de fumo” (15%).

Faltam dados a longo prazo para o conhecimento dos efeitos na saúde do tabaco aquecido e cigarro eletrónico e o impacto real em termos de risco para o desenvolvimento das várias patologias (oncológicas, respiratórias, cardiovasculares, etc.).

O duplo consumo cria a falsa expectativa de redução de risco de doenças e 60 a 80% dos consumidores de cigarros eletrónico ou tabaco aquecido continua a fumar cigarros.
A posição das sociedades médicas têm sido hesitante e cautelosa, devido à escassa consistência dos resultados obtidos.

A Organização Mundial de Saúde tenta condensar a investigação disponível relativa ao impacto na saúde e preocupação relativamente à extensa publicidade que os envolve, nomeadamente em relação aos jovens e não fumadores.

A European Respiratory Society (ERS), recomenda que apesar de poderem ser menos prejudiciais para os fumadores, no entanto continuam a ser prejudiciais e altamente aditivos e pode haver o risco de os fumadores mudarem para tabaco aquecido em vez de deixarem de fumar.

A ERS não pode recomendar qualquer produto que cause dano aos
pulmões e à saúde das pessoas.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia, esclarece que os cigarros eletrónicos têm risco para a saúde que lhe são próprios, não são inofensivos e nem sempre resultam em reduzir o consumo de tabaco, desincentivar o seu uso e abordar com os métodos de cessação convencionais.

Os “novos” cigarros são mais viciantes, causam mais dependência, quando, por vezes, são referidos pelos fumadores como tentativas para deixar de fumar?

A maioria dos fumadores quer deixar de fumar e 50 a 93% gostaria de deixar de fumar para “voltar a ter controlo”. Apenas 10% dos fumadores não quer deixar de fumar.
Os produtos de tabaco aquecido (PTA) contêm nicotina, substância altamente aditiva e que provoca dependência e outros produtos que são adicionados, aumentando assim a atratividade ao consumo, como seja os açucares e aromas (mentol, café, chocolate, banana, manteiga, canela, cravo, eucalipto, menta, morango, baunilha, entre outros).

Atualmente, a experimentação e uso de PTA pelos adolescentes e jovens está a sofrer um crescimento exponencial e já se demonstrou que aumenta o risco de iniciação ao consumo de cigarros tradicionais e noutras drogas para além do risco de renormalização do tabagismo e da epidemia da nicotina, através do uso duplo com os cigarros convencionais.

Em que medida as substâncias inaladas pelos fumadores no tabaco aquecido e nos cigarros eletrónicos são perigosas para a saúde?

A questão levantada se são menos prejudiciais, os estudos indicam que, por exemplo, que o nível de nitrosaminas, um agente carcinogéneo que é inalado no aerossol produzido embora em menor número também estão presentes e muitos outros agentes em que não se conhecem ainda o seu efeito:

– Propilenoglicol – 70 a 90% responsável pelo vapor e inodoro, podendo causar irritação ocular, respiratória e aumentar o risco de asma;

– Glicerina vegetal – casos de pneumonia lipóide não sendo segura quando inalada.

– Propilenoglicol e glicerina após aquecimento formam um conjunto de substâncias como o oxido de propileno, uma substância cancerígena.

– Nicotina – sem ou em concentrações variáveis,

– Aromas – variáveis e com mistura de produtos químicos,

– Outros – nitrosaminas, compostos orgânicos voláteis (benzeno e tolueno) e metais (cádmio, níquel e chumbo).

Compostos do cigarro eletrónico em comparação com o cigarro convencional

Tabaco Aquecido / cigarro convencional

Apesar das primeiras publicações publicadas pela indústria tabaqueira mostrarem menor proporção de substâncias tóxicas, a investigação independente mostrou que existem outras tantas substâncias nocivas em maior quantidade e já existem vários estudos que mostram efeitos prejudiciais a vários níveis.

Quais os riscos para os pulmões, coração, boca, sistema imunitário, da saúde em geral, desses “novos” cigarros?

O uso de PTA está associado com significativa toxicidade pulmonar e imunomoduladora (alteração do sistema imune) e sem diferenças em relação a fumadores de cigarros convencionais ou fumadores que trocaram para esses produtos.

O cigarro eletrónico, os estudos indicam que os efeitos na saúde provocam aumento da libertação de mediadores da inflamação, de infeções, de sintomas respiratórios e asma.
Os efeitos citotóxicos são também conhecidos e simpaticomiméticos, com estimulação do sistema nervoso central (taquicardia, hipertensão, aumento da temperatura corporal, do tónus muscular, dilatação da pupila, etc.). A nicotina aumenta o risco cardiovascular e estudos indicam também um risco aumentado de hepatotoxicidade.

Os problemas de saúde oral como o mau hálito e a gengivite também podem estar presentes com o uso destes dispositivos.

O duplo consumo de cigarros convencionais e cigarro eletrónico, mesmo que em número reduzido, pode levar à falsa expectativa de redução do risco de doenças relacionadas com o tabaco – e quanto a isso ainda não há evidência, nem estudos.

Um fumador que reduza de 20 cigarros/dia para 10 cigarros/dia, reduz em 50% o seu consumo, reduz em 50% a despesa com o tabaco, mas a redução do risco de doenças atribuíveis ao tabaco é desproporcionalmente inferior à redução do consumo.

Por exemplo, redução de consumo de cigarros em 50%, reduz risco de neoplasia pulmonar em 25%.

O consumo de apenas 1-4 cigarros/dia aumenta significativamente o risco de morte por doença coronária; o consumo de cigarro eletrónico aumenta o risco de enfarte agudo do miocárdio (EAM), embora menor que o associado ao consumo de cigarros convencional, mas se o consumo é duplo, o risco de EAM é ainda maior.

O facto de os cigarros eletrónicos deixarem de ter aromas ameniza os malefícios para a saúde?

A realidade é que diversos estudos apontam que o líquido vaporizado por estes dispositivos contém produtos que podem ser prejudiciais à saúde, como a glicerina, o propilenoglicol e a nicotina que é uma substância altamente viciante, para além de diversos aromatizantes. Estes dispositivos eletrónicos para fumar com diferentes formatos e mecanismos, são sistemas que aquecem um líquido mediante uma bateria para criar aerossóis que são inalados.

O líquido utilizado contém aditivos com sabores,
inúmeras substâncias tóxicas e a nicotina que é a droga que causa dependência. As substâncias tóxicas causam cancro, doenças respiratórias e cardiovasculares.

Nenhum dispositivo eletrónico para fumar é seguro.

Outra coisa, pelo facto de não terem fumo, esses novos cigarros são mais “amigos” dos fumadores passivos?

O líquido é constituído por propilenoglicol numa percentagem entre 70 a 90%, sendo o responsável pelo vapor que se vê a sair do cigarro eletrónico e que algumas pessoas confundem como sendo fumo. Lembrar também que apesar da glicerina ser usada há muitos anos na indústria e consumida de forma segura das mais diversas formas, isso ocorre através da ingestão ou absorção pela pele, mas não pela inalação.

Estes dispositivos eletrónicos, contém diferentes quantidades de substâncias tóxicas de baixo peso molecular e metais pesados, o que aumenta as concentrações no ar de material particulado e nicotina em ambientes internos, logo o efeito direto no utilizador é substancialmente superior a quem se expõe, mas não inócuo.

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Luís Rocha
Médico Especialista de Pneumologia
Fundação Portuguesa do Pulmão

AUTORIDADES COMPETENTES E CONSULTORAS

 

As Autoridades Competentes Nacionais participam na aplicação da legislação, zelando pelo seu cumprimento através da realização de diversos controlos oficiais. Estas desempenham um papel crucial na supervisão de toda a cadeia alimentar, desde a produção primária até à distribuição de alimentos ao consumidor final.

Em Portugal, as Autoridades Competentes Nacionais responsáveis pela aplicação da legislação alimentar são a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e as Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP).

ASAE é a Autoridade Competente responsável por fiscalizar o cumprimento da legislação reguladora do exercício da atividade no setor agroalimentar, desde a produção primária, à transformação, embalamento, transporte, distribuição e venda (incluindo, o e-commerce), procedendo ao planeamento e execução de ações de controlo oficial no âmbito do Regulamento (UE) n.º 2017/625, de 15 de março. Enquanto entidade gestora do risco, a ASAE prevê a atuação em duas vertentes – preventiva (proativa) e repressiva (reativa).

DGAV é a Autoridade Administrativa Nacional que tem por missão colaborar na definição, na execução e avaliação das políticas de segurança dos alimentos, da proteção animal e da sanidade animal, da produção vegetal e fitossanidade, sendo investida nas funções de Autoridade Sanitária Veterinária e Fitossanitária Nacional, de Autoridade Nacional para os Medicamentos Veterinários e de Autoridade responsável pela gestão do Sistema de Segurança dos Alimentos. É, deste modo, uma entidade de referência na proteção da saúde pública e na promoção da saúde e bem-estar das populações.

DGADR é um serviço da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa, que tem por missão contribuir para a execução das políticas nos domínios da regulação da atividade das explorações agrícolas, dos recursos genéticos agrícolas, da qualificação dos agentes rurais e diversificação económica das zonas rurais, da gestão sustentável do território e do regadio, exercendo funções de Autoridade Nacional do Regadio.

As DRAP são um serviço periférico da administração central direta do Estado, que, no âmbito do Ministério da Agricultura e do Ministério do Mar, têm como missão, nas suas áreas geográficas de atuação, participar na formulação e execução de políticas sustentáveis nas áreas da agricultura, florestas, desenvolvimento rural e das pescas, bem como colaborar nas políticas de segurança alimentar e sanidade vegetal, em articulação com os organismos e serviços centrais competentes, de acordo com as normas e orientações por estes definidas. Estas Direções têm como função apoiar os setores agrícolas e das pescas (através de programas de apoios e incentivos, da promoção da certificação e controlo, entre outros), com vista a uma maior aproximação aos agricultores e às suas organizações.

As Empresas de Consultoria, como a Biocheck – Higiene e Segurança Alimentar, Lda. têm um papel complementar ao das Autoridades Competentes, através do fornecimento de uma informação orientada para cada uma das empresas e da prestação de uma ampla gama de serviços (nomeadamente, auditorias consultoria técnica, controlo laboratorial, formação, entre outros) que auxiliam as mesmas a cumprir a legislação vigente.

Para finalizar, as Autoridades Competentes possuem um carácter normativo e punitivo, enquanto as Empresas de Consultoria focam na prevenção e na otimização dos processos, promovendo uma cultura de segurança e qualidade nas empresas alimentares. Desta forma, ambas são essenciais para garantir que os alimentos que chegam ao consumidor final são seguros e de qualidade!

Se pretende saber mais sobre os nossos serviços entre em contacto connosco!

 

Referências:

ASAE. Plano de Inspeção e Fiscalização – Área Alimentar. https://www.asae.gov.pt/inspecao-fiscalizacao/plano-de-inspecao-da-asae-pif/area-alimentar.aspx (consultado em 5 de julho de 2024).

DGAV. Quem Somos. https://www.dgav.pt/quemsomos/ (consultado em 5 de julho de 2024).

DGADR. A DGADR. https://www.dgadr.gov.pt/# (consultado em 5 de julho de 2024).

DRAP. DRAP Norte. https://agricultura.gov.pt/pt/w/drap-norte (consultado em 5 de julho de 2024).

Artigo desenvolvido com a colaboração de Leonor Moreira.

MOTORISTAS E A ALIMENTAÇÃO

 

Os motoristas representam uma categoria profissional de elevada importância, uma vez que são responsáveis pela maioria dos transportes de matérias-primas. Apesar da sua importância no contexto económico, estes estão expostos a condições de trabalho precárias, como por exemplo: acidentes, turnos irregulares, risco de assaltos, trânsito, entre outros.

De acordo com a legislação aplicável, Decreto-Lei n.º 473/85, de 11 de novembro, circunstancialismos diversos exigem muitas vezes que os motoristas tenham de aguardar várias horas, não podendo ausentar-se para ir tomar as refeições aos locais habituais.

Devido a estes fatores, os motoristas tendem a adotar hábitos de alimentação incorretos, ingerindo uma grande quantidade de alimentos gordurosos e consumindo várias vezes ao dia bebidas com cafeína. Assim, as refeições diárias são de baixo valor nutritivo e de alto teor calórico.

Vários estudos realizados com motoristas, verificam que a maioria dos trabalhadores não realizam atividade física regular, favorecendo assim o sedentarismo. Dado que esta atividade (conduzir) possui um gasto calórico reduzido, a ausência de atividade física é um fator de risco para a saúde, aumentando a probabilidade de aparecimento de doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, aumento da probabilidade de cancro, entre outros.

Um dos vários desafios desta profissão é encontrar um lugar para se alimentar que possua conforto, comida minimamente saudável e um ambiente calmo, para que o momento da refeição seja de descontração e descanso.

 

DICAS PARA UMA BOA ALIMENTAÇÃO

Ao longo do dia, adotar uma rotina de seis refeições pode ser uma estratégia eficaz para manter a energia e a saúde em dia. É importante destacar três desses momentos: o pequeno-almoço, o almoço e o jantar, além das três refeições intermédias que pontuam o dia.

 

Pela manhã, ao despertar, é crucial abastecer o corpo com alimentos que ofereçam um impulso energético para iniciar o dia com o pé direito. Optar por alimentos com alto teor de energia é a chave. Café, ovos, frutas frescas, pão integral e queijos magros são excelentes escolhas para compor um pequeno-almoço balanceado e revigorante.

 

No momento do almoço, o foco deve ser em fornecer ao organismo os nutrientes necessários para manter a vitalidade ao longo do dia. Priorizar alimentos ricos em proteínas e nutrientes é fundamental. Carnes magras, peixes, grãos integrais e uma generosa porção de salada fresca como acompanhamento garantem uma refeição completa e saudável.

 

Ao chegar a hora do jantar, é aconselhável optar por refeições mais leves, facilitando a digestão e promovendo um sono tranquilo. Evitar alimentos fritos e optar por pratos cozidos, grelhados ou assados é uma maneira inteligente de encerrar o dia de forma equilibrada e nutritiva.

 

As três refeições intermédias entre o pequeno-almoço, o almoço e o jantar são oportunidades para reabastecer o corpo com nutrientes essenciais e manter os níveis de energia estáveis. Frutas frescas, nozes, amêndoas, vitaminas e sumos naturais são ótimas opções para saciar a fome entre as principais refeições, mantendo o corpo nutrido e hidratado ao longo do dia.

Para além destas refeições, deve ser garantida a correta hidratação durante o dia, privilegiando a ingestão de água.

Adotar uma rotina de várias refeições diárias, com atenção especial aos alimentos consumidos em cada uma delas, é uma estratégia eficaz para promover a saúde, o bem-estar e a vitalidade ao longo de toda a vida.

 

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

Fontes

https://br.freepik.com/fotos-gratis/homem-comer-pizza-e-cafe-enquanto-dirigindo-carro-perigosamente_3805697.htm#query=motorista%20a%20comer&position=0&from_view=search&track=ais&uuid=61bfba11-e382-4044-a84a-a41d72d565fb

https://www.scielo.br/j/sausoc/a/xMm7wZ7DxTxNYB3QkvLvyjj/?lang=pt

file:///C:/Users/tiago/Downloads/TD-MGD-2000.pdf

https://www.scielosp.org/pdf/csc/v25n3/1413-8123-csc-25-03-1011.pdf

https://www.volvotrucks.com.pt/content/dam/volvo-trucks/markets/portugal/guia-motorista/Guia%20pr%C3%A1tico%20para%20o%20motorista%20saud%C3%A1vel%20A5_AS.pdf

https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/473-171522

ENCAMINHAMENTO DE CASCA DE OVO

Esclarecimento Técnico n.º 6/DGAV/2024: Encaminhamento de Cascas de Ovo Geradas em Estabelecimento Industrial de Pastelaria e de Panificação

A Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) publicou recentemente o Esclarecimento Técnico n.º 6/DGAV/2024, que se destina à implementação a nível nacional de disposições para o encaminhamento de cascas de ovo geradas em estabelecimentos industriais de pastelaria e de panificação, que altera e revoga o Esclarecimento Técnico n.º 10/DGAV/2018.

As cascas de ovo estão incluídas no âmbito do Regulamento (CE) n.º 1069/2009 de 21 de outubro, que estabelece regras sanitárias para subprodutos animais e produtos derivados não destinados ao consumo humano, sendo classificadas como subprodutos animais de categoria 3. Como tal, devem ser utilizadas ou eliminadas de acordo com o disposto no referido regulamento.

Atendendo a que as cascas de ovo produzidas em estabelecimentos industriais de pastelaria e de panificação estão excluídas da definição de restos de cozinha e de mesa, não é permitida a sua eliminação através do circuito dos resíduos sólidos urbanos (RSU).  Assim sendo, estas devem ser encaminhadas para empresas que se dediquem à transformação e revalorização de subprodutos animais de categoria 3.

Entre os destinos autorizados para as cascas de ovo, incluem-se a valorização em unidades aprovadas de compostagem ou de biogás, a utilização como matéria-prima para alimentação animal, a utilização em condições determinadas pela autoridade competente ou a eliminação por incineração ou coincineração.

Durante o transporte, desde o local de origem até ao estabelecimento de destino em território nacional, além de ser obrigatório que o operador que efetua o percurso esteja registado na DGAV, as cascas de ovo devem ser acompanhadas da guia de acompanhamento de subprodutos animais, modelo 376/DGAV, ou por um documento de transporte (documento comercial), conforme legislação vigente.

Para garantir que todas as informações obrigatórias estejam devidamente registadas e disponíveis, os estabelecimentos industriais de pastelaria e panificação devem manter registos detalhados das quantidades produzidas e do destino final das cascas de ovo por um período mínimo de dois anos.

Sempre que as quantidades de cascas de ovo geradas nos estabelecimentos não sejam suficientes para justificar a sua recolha e transporte para um destino autorizado, sendo por isso necessário o seu armazenamento, estas devem ser submetidas a um tratamento térmico, ou, em alternativa, ser armazenadas em câmara de refrigeração ou em arca de congelação exclusiva para o efeito e identificada com a menção “Subprodutos Animais de Cat. 3 – Não destinados aos consumo Humano”, por forma a prevenir eventuais riscos para a saúde humana e animal.

Todos os procedimentos para o encaminhamento das cascas de ovo o geradas em estabelecimentos industriais de pastelaria e de panificação são estabelecidos no âmbito do Sistema de Segurança Alimentar baseado nos princípios do HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo).

Para saber mais sobre como podemos apoiar o seu negócio e assegurar a conformidade com todas as exigências legais, visite o nosso site em www.biocheck.pt.

28 JULHO DIA MUNDIAL DA HEPATITE

 

No dia 28 julho é celebrado o dia mundial da hepatite.

De todas as hepatites, a hepatite B é uma das doenças ocupacionais infeciosas mais importantes na Europa, evitável através da melhoria das práticas de trabalho e através da vacinação. A probabilidade de um profissional de saúde contrair Hepatite B, quando tem um contacto com um produto biológico contaminado, nomeadamente com sangue, é de uma em cada três picadas, sendo que o risco de os profissionais de saúde contraírem a doença é três a cinco vezes superior ao da população em geral.

A Hepatite B é uma infeção viral que ataca o fígado e pode causar doença aguda ou crónica. O Vírus da Hepatite B é extremamente contagioso, sendo as suas principais vias de transmissão: os fluidos genitais (esperma e secreções vaginais), fluidos corporais (sangue, urina e saliva), e o leite materno. É a mais perigosa de todas as hepatites, pois o risco de morte por cirrose ou/e cancro do fígado é muito elevado.

Os portadores representam também um importante reservatório da infeção, o que a vai perpetuar através dos seus vários modos de transmissão. A vacinação contra a Hepatite B, ao prevenir a infeção, previne também tais complicações. A transmissão do vírus da Hepatite B de profissionais de saúde para doente é menos frequente.

A vacinação contra a Hepatite B, coordenada com a melhoria das práticas de trabalho, é um processo barato e eficaz, que os profissionais de saúde têm ao seu alcance para proteção, se atendermos aos custos pessoais e comunitários que representam as complicações da doença e à efetividade da vacina, que apresenta taxas de seroconversão da ordem dos 95%.

A efetividade da vacina tem sido demonstrada em diversos trabalhos, quer através da redução da incidência de Hepatite B, quer do estado de portador crónico do vírus e da incidência de carcinoma hepatocelular, nos grupos vacinados.

A vacina contra a Hepatite B está incluída, atualmente, no Programa Nacional de Vacinação (PNV), sendo que, é recomendada numa série única de três doses, não sendo recomendado para a população em geral doses de reforço. Também não está indicada, para a população em geral, a determinação de marcadores serológicos, antes ou depois da vacinação. Além da vacinação universal, está ainda indicada a vacinação de grupos de risco, tais como: profissionais dos serviços de saúde, excluindo aqueles que têm tarefas exclusivamente administrativas.

Apesar da vacinação contra a Hepatite B ser a medida mais efetiva na prevenção da doença, a mesma não dispensa medidas de Promoção e de Educação para a Saúde que visam a redução de comportamentos de risco e a adoção de estilos de vida saudáveis.

Visite nosso site para mais informações sobre bem-estar e cuidados com a saúde. https://nvidas.pt/home/

Luís Rocha

Médico do Trabalho

 

TEMPERATURAS ELEVADAS

 

O aumento da temperatura média ambiente previsto em virtude das alterações climáticas pode ter um impacto significativo nos locais de trabalho. Associam-se muitas vezes problemas graves de saúde, tais como a exaustão devido ao calor, insolação e muitas outras patologias relacionadas com o stresse térmico. As exposições durante longos períodos aumentam o risco de lesões causadas pela fadiga, falta de concentração e tomadas de decisão por vezes incorretas. A produtividade fica também comprometida. Os equipamentos e materiais também por si podem ser afetados pelas temperaturas elevadas e aqui o risco de exposição a produtos químicos aumenta, por exemplo, no manuseamento de solventes e outras substâncias voláteis. Esta subida de temperatura também aumenta os níveis de poluição atmosférica e daí o impacto na saúde de todos.

A temperatura no local de trabalho deve ser objeto de avaliação, quer o trabalho seja efetuado no interior ou no exterior.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a adoção de medidas de
proteção adicionais em dias de temperaturas mais elevadas:

1. Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados;

2. Aumentar a ingestão de água ou de sumos de fruta natural sem açúcar e
evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

3. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17
horas. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a
sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina;

4. Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu
de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta;

5. Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente
desportivas e de lazer no exterior;

6. Escolher as horas de menor calor para viajar de carro. Não permanecer
dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;

7. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como
crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade
reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de
atividade física e pessoas isoladas;

8. Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas especificas
devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de
contacto SNS 24: 808 24 24 24;

9. Assegurar que as crianças consomem frequentemente água ou sumos
de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado. As
crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição
solar, direta ou indireta;

10. Contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam
isoladas. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em
ambiente fresco e arejado;

11. Ter cuidados especiais, nomeadamente: moderar a atividade física,
evitar a exposição direta ou indireta ao sol e garantir ingestão frequente
de líquidos.

Fontes:
Recomendações da Agência Europeia de Segurança e Saúde no Trabalho e da
DGS

Luís Rocha
Médico Especialista de Pneumologia e Medicina do Trabalho

SÍNDROME DE APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS)

 

A Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é uma condição comum que afeta significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, acompanhados de quedas intermitentes nos níveis de oxigênio, aumento do esforço respiratório e interrupções frequentes no padrão de sono, a SAOS é uma preocupação séria de saúde pública.

Estudos epidemiológicos indicam que a prevalência da SAOS é notavelmente alta, afetando aproximadamente 24% dos homens e 9% das mulheres na população adulta de meia-idade. No entanto, vale ressaltar que esses números podem variar dependendo de fatores como idade, sexo, índice de massa corporal e histórico médico.

A identificação precoce da SAOS é crucial, uma vez que a síndrome está associada a uma série de complicações graves, incluindo hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, diabetes e diminuição da qualidade de vida. Além disso, a SAOS está relacionada a um aumento significativo na morbidade e mortalidade.

Felizmente, há tratamentos eficazes disponíveis para a SAOS, que podem melhorar substancialmente os sintomas e reduzir o risco de complicações associadas. No entanto, o primeiro passo é suspeitar do diagnóstico, o que muitas vezes pode ser desafiador, dada a natureza insidiosa dos sintomas.

Nesse sentido, foram desenvolvidos instrumentos de rastreio para ajudar na identificação de indivíduos com um risco aumentado de SAOS, que devem ser encaminhados para exames diagnósticos adicionais. Esses instrumentos de triagem são projetados para avaliar uma variedade de fatores de risco, incluindo idade, sexo, índice de massa corporal, história clínica e sintomas relacionados ao sono.

Em resumo, a SAOS é uma condição séria que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A identificação precoce e o tratamento adequado são essenciais para reduzir o impacto negativo dessa síndrome na saúde e na qualidade de vida dos pacientes.

Teste e responda às seguintes questões e determine assim se tem um risco acrescido de SAOS (Adaptado de Chung F e tal, Anesthesiology 2008 and BJA 2012):

Ver Resultado (Score):

Sim: 0 – 2 Risco baixo de SAOS

Sim: 3 – 4 Risco médio de SAOS

Sim: 5 – 8 Risco elevado de SAOS

Escala de Sonolência de EPWORTH (Fonte – Johns MW. Sleep 1991; 14: 540-5)

Qual a possibilidade de dormitar ou adormecer nas seguintes situações:

  1. Sentado a ler
  2. A ver televisão
  3. Sentado em lugar público (ex. sala de espera, cinema, teatro, igreja)
  4. Passageiro de carro, comboio, metro andando por 1 hora sem parar
  5. Deitado para descansar à tarde
  6. Sentado a conversar com alguém
  7. Sentado após uma refeição sem álcool
  8. No carro parado por alguns minutos durante o trânsito

0 – Nenhuma probabilidade

1 – Pequena probabilidade

2 – Moderada probabilidade

3 – Alta probabilidade

Dez ou mais pontos – sonolência excessiva que deve ser investigada

Marque uma consulta para um Rastreio e Diagnóstico de SAOS.

Luís Rocha

(Médico especialista de Pneumologia e Medicina do Trabalho)

FIQUE ALERTA: COMUNICAÇÃO DE RISCOS NO LOCAL DE TRABALHO

 

É com grande ênfase que iniciamos esta newsletter, focada na vital importância da comunicação de riscos no local de trabalho. Reconhecer e comunicar potenciais perigos é fundamental para garantir um ambiente seguro para todos. Vamos explorar algumas estratégias e dicas para fortalecer essa prática essencial.

Reconhecer os Riscos:

A primeira etapa para uma comunicação eficaz de riscos é o reconhecimento dos perigos. Isso pode incluir:

  • Identificar áreas de trabalho com potencial para acidentes.
  • Observar equipamentos danificados ou a operar de forma inadequada.
  • Reconhecer condições ambientais que podem representar perigos, como pisos escorregadios ou instalações elétricas defeituosas.

Ferramentas para Comunicação:

Existem várias maneiras de comunicar preocupações de segurança no local de trabalho:

  • Relatório direto aos supervisores ou responsáveis pela segurança.
  • Utilização de caixas de sugestões ou sistemas de relatórios anónimos, se disponíveis.
  • Participação ativa em reuniões de segurança e inspeções regulares.

Importância da Comunicação Oportuna:

A comunicação rápida de riscos é crucial para evitar acidentes. Não hesite em relatar preocupações assim que as identificar. Um atraso na comunicação pode aumentar o risco de incidentes prejudiciais.

Cultura de Segurança:

Promover uma cultura de segurança encoraja a comunicação aberta e honesta de riscos. Todos os funcionários devem ser incentivados a relatar preocupações de segurança sem medo de retaliação.

Formação e Educação:

A formação contínua sobre segurança no trabalho é essencial. A participação em formações e workshops pode ajudar os funcionários a reconhecerem melhor os riscos e entenderem como comunicá-los de forma eficaz.

Não subestimemos o poder da comunicação de riscos no local de trabalho. Juntos, podemos garantir um ambiente seguro e saudável para todos. Lembre-se, a sua voz importa!

Espero que essa newsletter forneça uma base sólida para todos entenderem a importância da comunicação de riscos no local de trabalho e como fazê-lo eficazmente.

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

Fontes:

– Livro: “Segurança e Saúde no Trabalho: Prevenção de Riscos Profissionais” de Sebastião Geraldo de Oliveira.

– Artigo: “Comunicação de Riscos no Trabalho” por Carlos Alberto Bencke.

 

ATIVIDADES PERIGOSAS-RISCOS ELÉTRICOS

 

Os profissionais da área elétrica submetem-se a altas tensões, o que pode causar acidentes irreversíveis, além das quedas que podem ocorrer facilmente nesse setor.

A eletricidade é uma das formas de energia mais utilizadas atualmente, tanto em casa como no local de trabalho. No entanto, é importante compreender que os riscos elétricos são um problema e podem representar ameaças significativas à segurança dos trabalhadores.

Os riscos elétricos são inerentes à natureza da eletricidade e podem variar desde choques a incêndios, explosões e outros acidentes graves. Portanto, é importante que as empresas e os profissionais estejam devidamente preparados para lidar com essas situações e garantir um ambiente de trabalho seguro.

PERIGOS ELÉTRICOS

Quando os princípios básicos de segurança no que respeita ao trabalho com corrente elétrica, não estão assegurados, podem ocorrer vários perigos:

Choques: Eletrocussão ou choque elétrico é a situação provocada pela passagem de corrente elétrica através do corpo. A exposição a correntes elétricas pode resultar em choques, variando de leves a fatais. A intensidade, duração e caminho da corrente pelo corpo influenciam a gravidade dessas lesões. O resultado indireto é um ferimento resultante de uma queda ou movimento descontrolado;

Queimaduras: Ocorrem quando em contacto com cabos elétricos ou em equipamentos em tensão;

Arco Elétrico: Um arco elétrico está caracterizado pela passagem significativa de corrente elétrica por um material normalmente não condutivo, como o ar, movimentando-se a altas velocidades. Normalmente, associado a contactos acidentais com componentes em tensão ou defeito no equipamento. Associado a este perigo estão a radiação térmica, ondas de pressão e projéteis;

Explosões: Podem ocorrer quando a eletricidade se torna a fonte de ignição numa mistura explosiva existente em determinada atmosfera;

Incêndios: Muitas vezes associados à eletricidade, por defeito de equipamentos ou utilização indevida.

SINALIZAÇÃO

Os sinais de segurança mantêm as pessoas cientes dos perigos. É importante localizá-los em conformidade, para que as pessoas que trabalham em torno do perigo possam tomar as devidas precauções. Devem estar em locais visíveis e incluir a máxima informação possível sobre a origem e as propriedades do perigo. Em caso de um incidente, esta informação pode ser valiosa.

QUAIS SÃO AS MEDIDAS PREVENTIVAS?

Intervenção de Técnicos Habilitados: A intervenção em instalações elétricas deve ser realizada por técnicos habilitados e qualificados para garantir que os trabalhos sejam realizados de forma segura e em conformidade com as normas aplicáveis.

Formação e informação: Os empregadores têm a obrigação de proporcionar formação e informação adequadas aos trabalhadores que operam com eletricidade ou que possam estar expostos a riscos elétricos, de modo a garantir que compreendam os perigos associados e saibam como agir de forma segura.

Equipamento de Proteção Individual (EPI): A seleção e utilização adequada de EPI são determinantes para a segurança. Luvas, capacetes, óculos de proteção e vestuário apropriado minimizam o impacto de choques elétricos e queimaduras.

Avaliação de Riscos: Os empregadores devem realizar uma avaliação de riscos elétricos nos locais de trabalho para identificar e avaliar os perigos associados à eletricidade. Com base na avaliação de riscos, devem ser implementadas medidas preventivas adequadas para reduzir ou eliminar os riscos elétricos, tais como o uso de equipamentos de proteção individual (EPI´s), isolamento adequado de equipamentos, sinalização de áreas perigosas, entre outras.

Em suma, a legislação portuguesa estabelece uma série de medidas e requisitos para proteger os trabalhadores contra os riscos elétricos, visando garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável. É fundamental que os empregadores cumpram estas disposições e que os trabalhadores estejam devidamente informados e formados para lidar com os perigos associados à eletricidade.

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

Referências:

https://log.logcluster.org/pt-pt/perigosprecaucoes

Imagens

https://br.freepik.com/fotos-gratis/caixa-de-fusiveis_4090393.htm#query=riscos%20eletricos&position=16&from_view=keyword&track=ais&uuid=6af94cc5-84ca-4bfa-8d82-69ddef0e45e1

https://br.freepik.com/vetores-premium/placa-imprimivel-perigo-risco-de-choque-eletrico-em-portugues-do-brasil_36724711.htm

 

COMBATE AO STRESS TÉRMICO NO AMBIENTE DE TRABALHO

Neste mês, destacamos a importância de compreender e gerir os efeitos do stress térmico para garantir um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo.

O QUE É O STRESS TÉRMICO?

O stress térmico ocorre quando o corpo humano é exposto a condições ambientais que excedem a sua capacidade de regulação da temperatura corporal. Isso pode ocorrer tanto em ambientes excessivamente quentes quanto em ambientes frios. O stress térmico pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo desidratação, exaustão por calor, hipotermia e até mesmo acidentes de trabalho devido à redução da capacidade de concentração e coordenação.

De acordo com a legislação portuguesa, a temperatura dos locais de trabalho deve, na medida do possível, oscilar entre 18ºC e 22ºC, salvo em determinadas condições climatéricas, em que poderá atingir os 25ºC.

Existem várias profissões que podem expor os trabalhadores ao stress térmico, seja devido a condições de calor excessivo ou frio extremo. Eis alguns exemplos:

Trabalhadores da Construção Civil: Trabalhadores que atuam em obras ao ar livre estão frequentemente expostos ao calor intenso do sol durante o verão, o que pode levar ao stress térmico, desidratação e exaustão por calor.

Bombeiros: Bombeiros enfrentam condições extremas de calor em incêndios e operações de resgate, o que pode causar desidratação, exaustão e outros problemas relacionados ao stress térmico.

Trabalhadores Agrícolas: Trabalhadores rurais que trabalham ao ar livre em campos, quintas e pomares estão sujeitos a altas temperaturas durante o verão, o que pode colocá-los em risco de desidratação e exaustão por calor.

Trabalhadores em Fábricas e Indústrias: Em algumas indústrias, como metalúrgicas, siderurgias e fundições, as altas temperaturas geradas por máquinas e processos industriais podem criar ambientes de trabalho extremamente quentes, causando stress térmico nos trabalhadores.

Trabalhadores da Construção Naval: Trabalhadores em estaleiros navais frequentemente lidam com temperaturas elevadas devido ao calor gerado por soldagem e outras atividades, além de estarem expostos ao calor refletido da água.

Profissionais de Saúde: Em alguns casos, profissionais de saúde que trabalham em ambientes hospitalares podem enfrentar calor excessivo devido ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI´s) e ao ambiente aquecido de algumas áreas hospitalares.

Trabalhadores de Minas: Os mineiros frequentemente trabalham em ambientes subterrâneos onde as temperaturas podem ser extremamente altas, colocando-os em risco de stress térmico e outros problemas de saúde.

Trabalhadores de Serviços de Emergência: Além dos bombeiros, outros profissionais de serviços de emergência, como policias e paramédicos, podem estar expostos a condições de calor intenso em situações de emergência ou em operações prolongadas ao ar livre.

Estes são apenas alguns exemplos de profissões que podem estar sujeitas ao stress térmico. É importante que os empregadores dessas indústrias implementem medidas adequadas de prevenção e proteção para garantir a saúde e segurança dos trabalhadores.

QUAIS SÃO OS RISCOS DO STRESS TÉRMICO NO LOCAL DE TRABALHO?

  • Exposição prolongada ao calor pode levar à desidratação, fadiga, exaustão e até mesmo insolação.
  • Em ambientes de trabalho frios, o risco de hipotermia e lesões relacionadas ao frio aumenta.
  • Trabalhadores em ambientes extremamente quentes ou frios podem sofrer redução da concentração, coordenação motora e tomada de decisões, o que pode aumentar o risco de acidentes.
  • Certas atividades laborais, como trabalho ao ar livre, em ambientes fechados sem ventilação adequada, ou em locais com altas temperaturas devido a maquinaria, aumentam o risco de stress térmico.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO

  • Avaliar o ambiente de trabalho para identificar áreas com potencial de stress térmico e implementar medidas corretivas, como instalação de sistemas de ventilação, ar condicionado ou aquecimento.
  • Fornecer equipamentos de proteção adequados, como roupas térmicas, protetores solares, chapéus, óculos de sol e garrafas de água.
  • Implementar pausas regulares e áreas de descanso frescas ou aquecidas, dependendo das condições ambientais.
  • Formação e informação aos trabalhadores sobre os sintomas do stress térmico, técnicas de regulação da temperatura corporal e medidas de segurança a serem adotadas.

O stress térmico representa um desafio significativo para a saúde e segurança dos trabalhadores em diversos setores. Ao compreender os riscos associados ao stress térmico e implementar medidas preventivas adequadas, podemos garantir um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e produtivo para todos.

Estamos comprometidos em promover a consciencialização sobre este importante tema e em fornecer recursos e suporte para ajudar os nossos clientes a enfrentar os desafios do stress térmico no local de trabalho.

Prevenir a sua segurança e saúde é crucial!

Fontes:

Kjellstrom, Tord, et al. “Impactos na saúde do calor e mudanças climáticas: uma questão-chave para a avaliação dos impactos globais das mudanças climáticas.” Revista Anual de Saúde Pública 37 (2016): 97-112.

Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Orientações para Proteger os Trabalhadores do Calor.” Genebra: OIT, 2019.

Parsons, Ken. “Impactos na saúde ocupacional das mudanças climáticas: padrões ISO atuais e futuros para a avaliação do stress térmico.” Saúde Industrial 48.2 (2010): 239-245.