No âmbito do Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, assinalado no dia 10 de setembro, tem como principal objetivo a sensibilização para este tema tabu e a sua prevenção, alertando as populações e as instituições sobre esta realidade.
Esta ação foi iniciada em Brasília em 2014 e estendida quase de forma universal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece este tema como uma prioridade de saúde pública.
Portugal está acima da média, apresentando uma taxa de 13,7/100.000 habitantes (2015), face a uma taxa mundial de 10,7 (OMS).
Cerca de 800 mil pessoas suicidam-se todos os anos, o que significa 1 pessoa a cada 40 segundos (OMS) e sem contar com os episódios subnotificados, pois estima-se mais de 1 milhão de casos.
A Europa é a região do mundo com a mais alta taxa (14,1/100.000) e à frente de África (8,8); Continente Americano (9,6); Sudoeste Asiático (12,9); Mediterrâneo Oriental (3,8) e Pacífico Ocidental (10,8).
Sabemos que uma das causas está relacionado com as doenças mentais, não diagnosticadas ou tratadas incorretamente e sem acesso a tratamento psiquiátrico.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio ocupa a 4ª causa de morte, depois dos acidentes de viação, doenças infeciosas e violência interpessoal e com grande impacto na sociedade, um fenómeno complexo, que pode afetar diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades e com tendência crescente.
Existem alguns fatores relacionados à vida de uma pessoa que podem atuar como proteção para o suicídio: ausência de doença mental, autoestima elevada, suporte familiar, capacidade de adaptação e resolução de problemas, ter emprego, laços sociais e familiares, terapêutica psiquiátrica ajustada.
Outros fatores potenciam este risco: abuso sexual na infância, internamento recente psiquiátrico, história familiar de suicídio, isolamento social e doenças mentais.
A primeira medida preventiva é a educação. Este tema não pode ser um tabu, a informação deve ser partilhada e o acesso a recursos de informação, sensibilização, identificação e tratamento.
Mas como reconhecer?
- Atentos ao isolamento;
- Mudança marcante de hábitos;
- Perda de interesse por atividades que gostava;
- Aparência descuidada;
- Desempenho escolar ou no trabalho piora;
- Alterações do sono e no apetite;
- Discurso dirigido como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer”;
São alguns indicadores de necessidade de ajuda e que pode ser de alguém próximo como um amigo, familiares, colega de trabalho ou escola e professores.
Linha aberta telefónica para situação de aconselhamento, orientação e intervenção:
- Linha SOS voz amiga. Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio: 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 (diariamente das 15h30 às 00h30).
Se procura ajuda profissional, entre em contacto com a clínica NVidas, nosso parceiro está à sua disposição.
Tel.: 224 673 570
Site: https://nvidas.pt/home/
Luís Rocha OM 33389
Médico Especialista de Medicina do Trabalho