OUTUBRO ROSA

Mês da consciencialização da luta contra o cancro de mama.

O movimento conhecido por “Outubro Rosa” (Pink October), teve origem nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado. Este movimento tem como objetivo primordial, promover a mobilização de toda a sociedade sem exceção, na luta contra o cancro da mama, privilegiando desta forma, a prevenção, o diagnóstico precoce e o investimento na investigação. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (2021) “o cancro da mama é o cancro mais frequentemente diagnosticado nas mulheres, sendo responsável por 1 em cada 4 casos anuais de cancro em todo o mundo”. 

De acordo com Direção Geral de Saúde (DGS) (2022), estima-se que cerca de 9.000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama, das quais, 2000 acabaram por morrer desta doença. Por outro lado, e dados recentes (Globocan, 2024), o cancro da mama é o que mais se destaca em Portugal e em todo o mundo.  

Existem diversos fatores de risco, que podem conduzir ao desenvolvimento do cancro da mama, dos quais se realça: 

  • Idade – quase 80% de todos os tipos de cancro da mama desenvolvem-se em mulheres com mais de 50 anos. 
  • Alterações genéticas – representam cerca de 5 – 10% dos casos diagnosticados. 
  • Excesso de peso, aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama. 
  • Hábitos tabágicos e alcoólicos excessivos, também aparecem associados ao desenvolvimento de várias doenças cancerígenas, incluído o cancro da mama. 
  • Idade da primeira menstruação (antes dos 12 anos) e consequentemente a instalação de uma menopausa tardia (após os 55 anos), também representam fatores de risco. 

Falar em prevenção, é falar em autoexame da mama e a capacitação da mesma. É um ato simples e rápido, que qualquer mulher tem condições para o realizar e que pode ajudar a detetar a doença numa fase inicial. Deve ser realizado todos os meses, no mesmo dia do mês, se possível após a menstruação. Se a menopausa já estiver instalada, deverá fazer o exame no mesmo dia do mês, independentemente do seu ciclo menstrual. 

Como deve ser realizado o autoexame: 

  • Em pé, deve observar as mamas, em dois momentos distintos, com os braços caídos e depois com os braços levantados, estando atenta a alterações na forma, tamanho, cor ou textura. 
  • Deve realizar movimentos giratórios à volta das mamas, à procura de possíveis nódulos. Deve reparar se existe alguma ferida ou secreção. 
  • A apalpação das axilas também é importante, e deve estar atenta à existência de “caroços” ou nódulos. 
  • Por fim, deve deitar-se de forma confortável, com um braço atras da cabeça, utilizar os dedos da outra mão para palpar a mama. Deve começar da região externa para a região interna em direção ao mamilo, movendo os dedos em círculos. Deve repetir o processo para a outra mama. 

O que pode encontra no autoexame da mama: 

  • Nódulos ou “caroços”. 
  • Alterações na forma/tamanho da mama. 
  • Retração da pele da mama. 
  • Inversão do mamilo. 
  • Secreção no mamilo. 
  • Dor na mama/axila. 

Apostar na prevenção e no diagnóstico precoce do cancro da mama, parece ser hoje, a melhor arma, mas muitas vezes, a dificuldade passa, por transmitir a mensagem á população. A população ativa, trabalha em média 39,9 horas por semana, e a equipa multidisciplinar da saúde ocupacional vê no contexto laboral, um processo facilitador na promoção da saúde, uma vez que, os trabalhadores passam grande parte do seu tempo a trabalhar e por outro lado, o ambiente laboral, funciona também como um espaço privilegiado de informação e educação para a saúde, quer seja individual ou coletiva.  

Assim sendo, e em forma de conclusão, é importante que se invista cada vez mais na intervenção em saúde em contexto laboral, visto ser um sítio privilegiado no que se refere à proteção e promoção da saúde, bem como no empoderamento em saúde da população. 

“Prevenir é uma das melhores formas de lutar! Seja você mesma a protagonista da sua vida.”

Se procura ajuda profissional, entre em contacto com o nosso parceiro NVidas Clínica Médica, estamos à sua disposição.

Tel.: 224 673 570

Site: https://nvidas.pt/home/

Bibliografia

Santos M, Almeida A, Lopes C. Cancro da Mama associado ao Trabalho. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional online. 2023, 15, esub393. DOI: 10.31252/RPSO.22.04.2023

https://www.who.int/pt/news/item/03-02-2021-breast-cancer-now-most-common-form-of-cancer-who-taking-action

https://gco.iarc.fr/en

https://ron.min-saude.pt/pt/tumor/top5/mama/epidemiologia/

https://www.dgs.pt/

 

Enfermeira Patrícia Ribeiro (nº ordem: 52143) a desempenhar funções desde 2005 no IPO-Porto, Especialista em Enfermagem Medico Cirúrgica desde 2011 e com competências acrescidas no âmbito da Enfermagem Oncológica desde 9/2023 e da Enfermagem do Trabalho desde 11/2023. 

Enfermeira responsável Grupo Medilogics SGPSSA. 

Entidade Emitente Ordem dos Enfermeiros

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