Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar

black woman in protective mask buying products

A segurança e a qualidade, apesar de estarem intimamente relacionadas, apresentam conceitos distintos. Enquanto uma mantém os consumidores seguros, a outra mantém os consumidores felizes.

Segundo o Codex Alimentarius, a Segurança Alimentar (Food Safety) refere-se à “garantia de que os alimentos não causam danos no consumidor quando preparados e/ou consumidos de acordo com o uso pretendido”. Este termo está relacionado com a ocorrência de perigos nos produtos alimentares. Por sua vez, a Qualidade Alimentar (Food Quality) está associada à distribuição de atributos que influenciam o valor de um produto para os consumidores.

Durante os anos 90, a indústria e os retalhistas, motivados pelas crises alimentares desta época, desenvolveram sistemas de gestão de segurança alimentar para identificar, avaliar e controlar perigos biológicos, químicos e físicos não intencionais e significativos para a segurança alimentar, através da metodologia de análise de perigos e controlo de pontos críticos (HACCP), que dava provas de ser eficaz contra as contaminações acidentais.

Contudo, a globalização e a exigência dos mercados e dos consumidores começaram a impor às organizações a adoção de sistemas mais consistentes e eficazes para fazer face às necessidades atuais, no que diz respeito à qualidade e segurança alimentar. Assim, em 2000 foi criada a Global Food Safety Initiative (GFSI), que surgiu como uma iniciativa com a seguinte visão – produtos seguros, em todo o lado – e que junta representantes do retalho, indústria, organizações internacionais governamentais e serviços. Com esta finalidade, são atualmente reconhecidos programas de certificação de segurança alimentar, que acompanham toda a cadeia de abastecimento de alimentos, do prado ao prato, entre os quais:

  • BRC Food edição 8
  • FSSC 22000 versão 5.1
  • Global G.A.P v 1.2
  • IFS Food versão 7

Apesar da ISO 22000:2018 não ser reconhecida pela GFSI, a mesma (assim como os restantes referenciais da qualidade) permite às organizações o fornecimento de produtos e serviços alimentares seguros, ajuda os produtos a atravessar fronteiras e aumenta a satisfação e confiança dos seus clientes.

Em suma, os Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar apresentam diversas funções, desde a gestão documental até ao controlo de processos. No entanto, o principal objetivo destes sistemas é englobar um conjunto de atividades que garantam o desenvolvimento e a comercialização de alimentos, de acordo com os requisitos de qualidade e segurança impostos pela legislação, pelos clientes e pelos consumidores.

O controlo da qualidade não deve ser opcional, nem exclusivo das grandes empresas. O mesmo deverá ser fundamental na proteção dos clientes e consumidores contra possíveis problemas e fraudes, e na garantia do cumprimento de normas legais.

Os consultores da Biocheck são especialistas na implementação e manutenção de Sistemas de Gestão da Qualidade e Segurança Alimentar.

Entre em contacto connosco para saber mais sobre os nossos serviços.

Auditorias no âmbito da segurança alimentar

man in white top standing beside plates

De acordo com as normas publicadas pela ISO (International Standard Organization), uma auditoria é um processo sistemático, independente e documentado para obter evidências e respetiva avaliação objetiva de todos os processos, atividades, operações e procedimentos de uma empresa, para determinar em que medida são cumpridos os requisitos legais e normativos.

Na prática, as auditorias podem ser internas ou externas, podendo ser de diferentes tipologias, isto é, auditorias de 1ª, 2ª ou 3ª parte.

No primeiro caso, numa auditoria interna ou auditoria de primeira parte, é a própria empresa que promove a auditoria. Em contexto legal, as auditorias internas aos sistemas de Segurança Alimentar permitem avaliar, pela própria empresa ou por parte das autoridades reguladoras, o cumprimento dos requisitos legais, nomeadamente, o nível de implementação dos procedimentos baseados nos princípios HACCP, através da verificação do programa de pré-requisitos, de documentação relevante, entre outras atividades alinhadas com as normas de Legislação Alimentar. No âmbito dos Sistemas de Gestão, este tipo de auditorias possibilita à empresa autoavaliar-se em relação a um determinado referencial e preparar-se para auditorias externas.

Em ambos os casos, as auditorias podem ser conduzidas por auditores da própria empresa ou por uma equipa externa, como a BIOCHECK, contratada para o efeito. Quando a auditoria é efetuada por uma equipa externa, esta realiza numa primeira instância, uma auditoria de diagnóstico, que consiste na verificação da situação inicial da empresa relativamente ao cumprimento dos requisitos exigidos e fornece informações sobre qual o ponto de partida e quais as adequações necessárias para a correta implementação do Sistema HACCP e/ou de um Sistema de Gestão.

As auditorias externas são normalmente realizadas por uma entidade externa à empresa e podem ser de 2ª ou de 3ª parte. As auditorias externas de 2ª parte são promovidas por uma organização, com interesse noutra, ou seja, normalmente, são auditorias realizadas pelos clientes aos seus fornecedores, com o propósito de comprovar o cumprimento de requisitos exigidos, incluindo requisitos contratuais. Estas auditorias são de extrema importância, pois podem ser parte essencial da avaliação e qualificação de fornecedores.

As auditorias externas de 3ª parte são auditorias que permitem a uma empresa obter a certificação em relação a um determinado referencial e são realizadas por uma entidade certificadora independente. Nestas auditorias, a empresa poderá ser certificada em relação a uma determinada norma, sendo emitido um certificado. Os certificados emitidos têm um prazo para serem renovados, sendo necessário à empresa, realizar uma auditoria de renovação, se pretender manter a(s) certificação(ões). Durante o período de certificação são realizadas auditorias de acompanhamento, que podem ser anunciadas ou não, com o objetivo de confirmar se a empresa certificada continua a cumprir os requisitos estabelecidos na norma de referência.

No decorrer de uma auditoria, o auditor preenche uma lista de verificação, também designada como “CHECK-LIST”, elaborada à priori, que contempla todos os critérios que devem ser verificados ao longo da mesma. Para além disso, podem ser realizadas outro tipo de atividades, entre elas, uma reunião com o auditado, a compreensão dos processos e dos sistemas da empresa, a consulta de documentação e a realização de testes de controlo.

No final da auditoria, deverá ser emitido um relatório com a descrição das (principais) constatações, sejam elas não conformidades, observações e/ou oportunidades de melhoria. Todas as informações pertinentes, devem ser consideradas no Plano de Melhoria definido pela empresa, à posteriori.

Independentemente da tipologia, uma auditoria constitui uma ferramenta essencial para a avaliação e melhoria do desempenho de uma empresa.

Se estiver interessado em adquirir este serviço, entre em contacto com a nossa empresa através do nosso site Biocheck.pt

Iluminância

close up photography of white desk lamp

A boa iluminação no local de trabalho permite aos trabalhadores, de forma eficiente, com precisão e sem causar fadiga e desconforto o desempenho das tarefas visuais. Uma boa avaliação da iluminância revela-se importante pelo facto de os olhos desempenharem um papel fundamental na atividade humana, sendo responsáveis por cerca de 80% dos estímulos sensoriais.


O que é?

A iluminância é descrita como o fluxo luminoso que é projetado numa unidade de área numa superfície. A unidade de medida da iluminância é o lúmen/m2 ou lux.

A iluminação de um espaço pode ter origem natural ou artificial. Preferencialmente deve ser sempre priorizado o uso de luz natural, no entanto, quando tal não é possível, a distribuição da iluminação artificial deve ser pensada e planeada de modo que proporcione um ambiente de trabalho adequado à tarefa a desempenhar e que auxilie os colaboradores da empresa e não o contrário.


Consequências de uma boa ou má iluminância:


Como assegurar uma iluminância adequada?

A qualidade da iluminância, tal como outros perigos presentes nos diversos ambientes de trabalho, é prevenida quando existe o cuidado e a mentalidade por parte da entidade empregadora em assumir uma boa política de higiene e segurança no trabalho. No caso da iluminância, algumas das medidas a adotar são:

  • Sempre que possível deve ser explorada toda a luz natural disponível;
  • Distribuição uniforme da luz pelos diferentes postos de trabalho;
  • Conjugação de sistemas de iluminação geral e localizada de maneira a evitar reflexos e encadeamentos;
  • Adaptar o nível de iluminação ao posto de trabalho e à tarefa a desempenhar;

Aproveitar o sol com segurança

white sand beach

Os portugueses são apaixonados pelo sol, mas, como em quase tudo na vida, é preciso serem cautelosos.

O sol faz bem ao corpo e ao espírito, estimula a síntese da vitamina D e a parte hormonal e melhora a absorção do cálcio. A exposição ao sol pode ser muito saudável, mas, se não houver proteção adequada no verão ou em qualquer época do ano, poderá trazer riscos à sua saúde. A exposição ao sol sem proteção ao longo da vida é a principal causa do cancro da pele.

Cada pessoa reage de forma diferente à temperatura e os seus efeitos na saúde também são diferentes.

Medidas a toma para aproveitar o sol com segurança

  • Nos primeiros dias de praia não ultrapasse os 15 a 20 minutos de exposição ao sol e evite o período mais quente do dia, entre as 11 e as 17 horas. Durante esse período, a radiação solar torna-se muito perigosa, levando ao envelhecimento precoce e aumentando os riscos de desenvolver cancro de pele.
  • Uma regra fácil de lembrar: quando a sombra que projetamos no chão for superior à nossa altura (de preferência o dobro) a radiação já não é tão intensa e podemos expor-nos ao sol.
  • Usar protetor solar acima do fator 30, é um complemento indispensável, mas por si só não chega. Opte pelas três formas naturais de proteção do sol: sombra, vestuário e horário.
  • A partir dos 2-3 anos, as crianças podem estar ao sol por um período restrito, ao início da manhã e final da tarde, mas sempre com protetor solar físico (chapéu e roupa) e um fator 50+.
  • Os bebés até um ano de idade não devem estar expostos ao sol diretamente.
  • Crianças pequenas: se, normalmente, muda de fraldas oito vezes por dia e passa a precisar só de três é porque não lhe está a dar água suficiente. Crianças mais velhas: se estiverem com o chichi amarelo, concentrado e malcheiroso, pode ser sinal de desidratação.
  • As pessoas com mais de 70 anos perdem a perceção de sede, por isso devem reforçar a ingestão de líquidos e resguardar-se nas horas de mais calor.

Siga as orientações acima e aproveite a estação com segurança!

Boas férias!

FONTE: DGS – Direção geral da saúde

Medidas de Autoproteção

accident action danger emergency

Com a entrada em vigor do Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (RJSCIE), a segurança contra incêndios em edifícios deixou de estar apenas dependente da fase de construção do edifício. Os edifícios, os estabelecimentos e os recintos, devem, então, no decurso da exploração dos respetivos espaços, ser dotados de medidas de organização e gestão da segurança, designadas por medidas de autoproteção (MAPS).

O que são medidas de autoproteção (MAPS)?

Disposições de organização e gestão da segurança, com o objetivo de incrementar a segurança de pessoas e dos edifícios/recintos face ao risco de incêndio e, compreendem no seu conjunto medidas de prevenção, preparação e resposta, envolvendo todos os níveis dentro de uma organização.

As MAPS aplicam-se a todos os edifícios e recintos, incluindo os existentes à data de entrada em vigor do RJSCIE.

As medidas de autoproteção contemplam:

As MAPS devem ser adaptadas às condições reais de exploração de cada utilização-tipo e proporcionadas à sua categoria de risco podendo incluir:

  • Registos de Segurança
  • Procedimentos de prevenção
  • Plano de prevenção
  • Procedimentos em caso de emergência
  • Plano de emergência interno
  • Formação
  • Simulacro

Utilização-tipo e categoria de risco:

Utilização-tipo é a classificação do uso dominante de qualquer edifício ou recinto em conformidade com o art.º 8.º do DL 220/2008, sendo a categoria de risco a classificação do nível de risco de incêndio atribuído a qualquer utilização-tipo atendendo a diversos fatores de risco (art.º 12.º do DL 220/2008).

As medidas de autoproteção respeitantes a cada utilização-tipo, de acordo com a respetiva categoria de risco, são as definidas no regulamento técnico, sujeitas a parecer obrigatório da ANEPC (nº 2 do art.21º do Decreto-Lei nº220/2008 na versão republicada pela Lei nº123/2019 de 18 de outubro).

Responsável por implementar as MAPS?

O proprietário ou explorador do estabelecimento é o responsável pela execução das MAPS (Portaria n.º 1532/2008, Artigo 194º, n.º 1, QUADRO XXXVIII).

De referir que a submissão das MAPS é realizada através de preenchimento do formulário de pedido do serviço SCIE pelo requerente no Portal de Serviços Públicos-ePortugal, implicando o pagamento de uma taxa, definida pela Portaria nº 1054/2009, de 16 de setembro, com os respetivos valores atualizados anualmente através de despacho do Presidente da ANEPC.

Enquadramento Legal:

Regime Jurídico de Segurança contra Incêndio em Edifícios (Decreto-Lei nº 220/2008, de 12 de novembro, alterado e republicado pela Lei nº 123/2019 de 18 de outubro)

Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndios em Edifícios (Portaria nº 1532/2008, de 29 de dezembro, alterada e republicada pela Portaria nº135/2020, de 2 de junho).

Precisa de ajuda para a elaboração das suas Medidas de autoproteção?

Contacte a Medilogics que nós ajudamos através do email geral@medilogics.pt ou seguranca@medilogics.pt.

Score de Cultura em Saúde e Segurança do Trabalho/Saúde Ocupacional

crop unrecognizable male doctor with stethoscope

A Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional (PNSOC), elaborou uma iniciativa que pretende desafiar as empresas a avaliarem o seu score de Cultura em Saúde e Segurança do Trabalho/Saúde Ocupacional (SST/SO), pela resposta a 15 questões constantes no documento anexo.

Pretende-se que as empresas reflitam sobre o resultado do seu score e que desta forma sejam desencadeadas melhorias no âmbito da SST/SO.

Adiria a esta iniciativa partilhando os resultados através das redes sociais com #CulturaSST/SO.

Clique aqui para abrir o documento sobre este artigo.

Dia Mundial das Alergias (8 de julho)

person holding allergy medicine bottle

O Dia Mundial da Alergia é comemorado a 8 de julho e é uma iniciativa conjunta da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Mundial de Alergia (WAO) para alertar sobre a importância do tratamento e prevenção das alergias.

A alergia resulta de uma resposta excessiva do sistema imunitário (reação de hipersensibilidade) a um contacto com um estímulo exterior, normalmente tolerado pela população geral. Nestes casos, o organismo desenvolve anticorpos especiais que desencadeiam uma reação inflamatória, a qual pode manifestar-se de várias formas e em diversas zonas do corpo.

As doenças alérgicas atingem todos os grupos etários, da criança ao idoso, sendo patologias frequentemente crónicas que podem afetar vários órgãos. Nas últimas décadas, tem-se verificado um aumento da incidência e da prevalência das doenças alérgicas, o que poderá ser consequência das caraterísticas genéticas, mas sobretudo de mudanças ambientais e do estilo de vida.

Em Portugal, e de acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), estima-se que as alergias afetem, aproximadamente, um terço da população.

A anafilaxia é a forma mais grave de doença alérgica e é uma emergência médica, uma vez que se trata de uma reação de hipersensibilidade sistémica grave e potencialmente fatal.

A incidência da alergia alimentar tem vindo a crescer em todos os grupos etários e é um problema de saúde pública, com grande impacto no dia-a-dia dos indivíduos suscetíveis.

A alergia é uma reação do sistema imunitário que ocorre aquando da ingestão de um alimento e o organismo tenta defender-se, uma vez que o organismo o reconhece como uma ameaça. As manifestações clínicas das reações alérgicas podem variar de moderadas a graves, podendo os sintomas surgir após alguns minutos ou duas horas após a ingestão do alergénio.
A intolerância alimentar caracteriza-se por uma reação adversa, reprodutível, que ocorre após a exposição a um determinado alimento e que, ao contrário da alergia, não envolve o sistema imunitário, nem causa anafilaxia.

Segundo o Regulamento n.º 1169/2011, de 25 de outubro, todas as empresas do setor alimentar são obrigadas a prestar informação ao consumidor sobre as substâncias ou alimentos suscetíveis de provocar alergias ou intolerâncias, presentes nos alimentos comercializados e/ou utilizados no fabrico ou na preparação de um géneros alimentício.

No caso de alimentos pré-embalados, essa informação deve constar na rotulagem do produto de forma destacada, na lista de ingredientes (ex: açúcar, farinha de trigo, …).

No caso de alimentos não pré-embalados (ex.: estabelecimentos de restauração e bebidas), a informação pode não estar imediatamente disponíveis (junto do alimento), mas deve ser sempre indicada de modo bem visível ao consumidor/cliente, a forma como essa informação deve ser obtida. Esta informação deve ser sempre disponibilizada em suporte escrito: ex. folhetos, catálogos, brochuras, quadros de aviso, sítios web e aplicações informáticas, ou através da ementa.

LISTA DE SUBSTÂNCIAS OU ALIMENTOS QUE PODEM PROVOCAR ALERGIAS OU INTOLERÂNCIAS (anexo II do Regulamento n.º 1169/2011, de 25 de outubro):

  • 1 – Cereais que contêm glúten (trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, kamut ou outras estirpes hibridizadas) e produtos à base destes cereais;
  • 2 – Crustáceos e produtos à base de crustáceos;
  • 3 – Ovos e produtos à base de ovos;
  • 4 – Peixes e produtos à base de peixe;
  • 5 – Amendoins e produtos à base de amendoins;
  • 6 – Soja e produtos à base de soja;
  • 7 – Leite e produtos à base de leite (incluindo lactose);
  • 8 – Frutos de casca rija, nomeadamente, amêndoas, avelãs, nozes, castanhas de caju, pistácios, entre outros;
  • 9 – Aipo e produtos à base de aipo;
  • 10 – Mostarda e produtos à base de mostarda;
  • 11 – Sementes de sésamo e produtos à base de sementes de sésamo;
  • 12 – Dióxido de enxofre e sulfitos em concentrações superiores a 10mg/kg ou 10ml/L;
  • 13 – Tremoço ou produtos à base de tremoço;
  • 14 – Moluscos e produtos à base de moluscos.

FONTE: Faculdade de Medicina de Lisboa, ARESHP

Dia Mundial da Segurança Alimentar

tomatoes carrots and radish on the top of the table

No dia 7 de junho assinala-se o Dia Mundial da Segurança Alimentar, uma iniciativa criada em 2019, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que destaca a importância da prevenção e gestão dos riscos transmitidos por alimentos, contribuindo para segurança, saúde e erradicação da fome (4).

O Dia Mundial da Segurança Alimentar é um meio colaborativo que promove a consciencialização sobre questões de segurança alimentar, a prevenção de doenças e a discussão para melhoria em todos os setores alimentares (7).

Na primeira data comemorativa (2020), as duas agências organizaram um debate via internet sobre o tema “Segurança Alimentar, Questão de Todos” e reconheceram esta temática como uma tarefa coletiva (1).

No último ano, o tema “Alimentos seguros agora para um amanhã saudável”, destacou para a necessidade de desenvolver sistemas de produção sustentáveis para garantir a saúde das pessoas, do planeta e da economia a longo prazo (3). A segurança dos alimentos e a segurança alimentar são, por necessidade, objetivos complementares para alcançar um futuro próspero e sustentável.

A Segurança dos Alimentos (FOOD SAFETY) é referente à garantia de inocuidade dos alimentos, ausentes de contaminantes químicos, físicos e biológicos, ou seja, sem prejuízo de danos para a saúde ou integridade do consumidor (6). Segundo a OMS, uma em cada 10 pessoas adoece todos os anos devido à ingestão de alimentos contaminados e resultando em 420 mil pessoas anuais. As doenças transmitidas por alimentos são geralmente de natureza infeciosa ou tóxica e muitas vezes invisíveis a olho nu, causadas por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas que entram no corpo através de alimentos ou água contaminados (2).

Por outro lado, a FAO define o termo “Segurança Alimentar” (FOOD SECURITY) como conceito de implantação de políticas públicas com o intuito de garantir a todas as pessoas, em todas as épocas e no mundo todo, o acesso a alimentos em quantidades suficientes de boa qualidade nutricional para uma vida saudável e ativa (6).

A crise global causada pela pandemia de Covid-19 veio reforçar a importância destes temas. Embora a COVID-19 não tenha sido transmitida pelos alimentos, a pandemia alertou para questões relacionadas com a segurança alimentar, tais como a higiene, resistência antimicrobiana, alterações climáticas e fraude alimentar (8). Também realçou a necessidade de adaptar sistemas de segurança que respondam a interrupções nas cadeias de abastecimento e garantam acesso contínuo a alimentos seguros (2).

As crises económicas e as alterações climáticas são os principais motivos da insegurança alimentar.
Em suma, a segurança alimentar tem um papel fundamental para garantir que os alimentos permaneçam seguros em todas as etapas da cadeia alimentar, contribuindo para a saúde, prosperidade econômica, agricultura, turismo e o desenvolvimento sustentável (3).

Segurança alimentar é assunto de todos!

Bibliografia
(1) https://news.un.org/pt/story/2019/06/1675051
(2) https://news.un.org/pt/story/2020/06/1715932
(3) https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-da-seguranca-dos-alimentos-2021
(4) https://www.insa.min-saude.pt/dia-mundial-da-seguranca-alimentar/
(5) https://www.nationalgeographic.org/topics/food-safety-and-security/?q=&page=1&per_page=25
(6) https://www.sgsgroup.com.br/pt-br/news/2017/04/seguranca-de-alimento-x-seguranca-alimentar
(7) https://www.fao.org/fao-who-codexalimentarius/world-food-safety-day/wfsd-homepage/en/
(8) https://www.fao.org/3/cb3404en/cb3404en.pdf

https://www.fao.org/2019-ncov/q-and-a/food-safety/en/
https://www.nature.com/scitable/knowledge/library/food-safety-and-food-security-68168348/

Avaliações Laborais

A promoção da segurança e da saúde dos trabalhadores deve ser alvo de atenção por parte do empregador, de forma a prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho e o surgimento de doenças profissionais, garantindo condições de trabalho seguras.

Uma boa gestão da SST é um processo dinâmico que passa por identificar e estimar a magnitude dos riscos associados ao local de trabalho, instalações e às tarefas especificas desempenhadas que possam causar dano. Com a informação necessária recolhida são elaboradas medidas de prevenção e controlo para que o empregador possa adotar medidas que permitam minimizar os riscos a que os seus colaboradores estão expostos no decorrer do dia de trabalho.

Em determinados casos, algumas atividades exigem a realização de avaliações laborais que avaliam quantitativamente um parâmetro presente no ambiente de trabalho.

Avaliações Laborais executadas pela Medilogics

A Medilogics através dos seus técnicos de segurança no trabalho, encontra-se disponível para realizar avaliações laborais aos seguintes parâmetros:

  • Ruido;
  • Iluminância;
  • Monóxido de carbono;
  • Conforto térmico;
  • COV’s;

Ruído

  • Em determinadas atividades profissionais, o ruído é um elemento intrínseco ao trabalho.
  • A avaliação da exposição dos trabalhadores ao ruído deve efetuar-se: sempre que haja alterações na instalação; criação ou modificação de postos de trabalho, quando o resultado da vigilância da saúde (Audiometria) demonstrar necessidade de nova avaliação ou anualmente, sempre que o valor de ação superior seja atingido ou excedido (≥ 85dBA).
  • O Decreto de Lei n.º 182/2006 transpõe a para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2003/10/CE, e estabelece o quadro geral de proteção dos trabalhadores contra os riscos decorrentes da exposição ao ruído durante o trabalho.

Iluminância

  • Uma boa iluminação no local de trabalho melhora a produtividade e ajuda a prevenir acidentes de trabalho e consequentemente o absentismo.
  • Sempre que se efetuem alterações às instalações, onde se modifiquem postos de trabalho, deve se proceder a uma avaliação.
  • O Decreto-lei n.º 243/86, de 20 de agosto refere apenas que a iluminação nos locais de trabalho deve ser adequada às tarefas a executar.
  • A norma ISO 8995 “Lightning of Indoor Work Places” define os requisitos de iluminação interior de locais de trabalho para diferentes tarefas e atividades.

Monoxido de carbono

  • Em espaços interiores, com ventilação deficiente, se forem desenvolvidas atividades onde se utilizem equipamentos e máquinas que libertem gases em consequencia da sua utilização, os niveis de monoxido de carbono devem ser permanentemente controlados.

Conforto térmico

  • O bem-estar, a produtividade e o desempenho dos trabalhadores são fatores que são afetados pelas condições térmicas existentes no local de trabalho. Temperatura do ar, temperatura das superfícies, humidade relativa e velocidade do ar são parâmetros que fazem variar o conforto térmico.
  • O corpo humano dispõe de um sistema termo-regulador bastante eficiente, no entanto se estiver durante algum tempo em condições adversas de calor ou de frio, irão surgir diversas consequências a nível fisiológico.
  • A avaliação do ambiente térmico contempla duas situações: conforto térmico que se aplica em ambientes moderados, stresse térmico aplicado em ambientes extremos
  • Como referenciais normativos, são aplicadas as normas ISO 7730:2005 a ambientes térmicos moderados, e a norma ISO 7243:2017, referente a ambientes quentes.

Conforto térmico

  • Compostos Orgânicos Voláteis, presentes em materiais sintéticos ou naturais como tintas, colas, combustíveis, produtos de limpeza, entre outros, têm como característica a fácil volatização em condições normais.
  • Dependendo do composto e da sua concentração, apresenta efeitos negativos que podem ir de apenas incómodo, irritação e dificuldades respiratórias até provocar efeitos mutagénicos e carcinogénicos.
  • O artigo 15º da Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, constitui uma obrigação legal a necessidade de “assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e biológicos e aos fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança e saúde do trabalhador.
  • Por outro lado, o Decreto-lei n.º290/2001, de 16 de novembro, prevê no seu art. 4º que “o empregador deve avaliar os riscos e verificar a existência de agentes químicos perigosos nos locais de trabalho”.

A Segurança no Trabalho proporciona um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.

Um bom nível de SST traz vantagens. Se pretende realizar uma avaliação laboral a um dos parâmetros referidos anteriormente, preencha o formulário disponibilizado no seguinte link, https://medilogics.pt/home/seguranca-no-trabalho/ e seja contactado sem qualquer compromisso para saber mais sobre estas vantagens.

Formação de Gestão de Tempo e Stress

woman sitting in front of macbook

Seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho, uma coisa é certa: o tempo parece estar a passar cada vez mais rápido. No escritório, para dar conta de tudo dentro dos prazos previstos, é necessário fazer uma boa gestão do tempo e organizar as tarefas de forma eficiente.

O que é gestão do tempo?

A gestão do tempo é algo tão simples como planear o que deve ser feito e mensurar o tempo dedicado a cada atividade.

A definição parece bem simples, porém a sua execução pode ser bem mais complexa. Principalmente no trabalho, em que as rotinas são cada vez mais dinâmicas e há cada vez mais tarefas para serem entregues. Por isso, quando se diz que certa pessoa faz uma ótima gestão do tempo no trabalho, trata-se, na realidade, de alguém que tem foco e sabe estabelecer prioridades, inclusive, prever/ estipular espaços para folgas.

Uma boa e eficaz Gestão de Tempo e Stress revelam-se, na atualidade, fundamentais para conseguir alcançar uma maior produtividade, construir boas relações interpessoais e ter sucesso ao lidar com os desafios do seu dia a dia profissional e pessoal.

Diariamente lidamos com exigências e desafios nas nossas vidas profissionais e pessoais e, é nesta azáfama dos dias, e muito na dificuldade em conciliar estas duas áreas tão importantes que nascem problemas na forma como gerimos o nosso tempo e o stress que, mais ou menos intensamente, experimentamos. Estar preparado e desenvolver estratégias para gerir tudo o que se passa à nossa volta é fundamental para termos controlo eficaz sobre as nossas vidas, para definirmos objetivos relevantes e para nos sentirmos realizados. É sobre tudo isto que iremos abordar e trabalhar nesta formação, para o ajudar a pôr em prática estratégias eficazes para gerir o seu tempo e, consequentemente, diminuir os níveis disfuncionais de stress.

A Medilogics tem a solução para o ajudar a definir o que é prioridade ou não, consulte aqui as datas disponíveis desta formação e ganhe tempo de qualidade.